Amorim critica os “flexíveis” que agora querem ser “duros”

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, refutou, nesta sexta-feira (5), a pressão do bloco oposicionista-midiático por uma posição “dura” do governo diante da decisão do presidente Evo

Para Amorim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu de maneira correta na reunião realizada ontem (4), em Puerto Iguazú, parte argentina da Tríplice Fronteira, com os presidentes Evo Morales, da Bolívia, Néstor Kirchner, da Argentina, e Hugo Chávez, da Venezuela.

"O presidente disse Lula disse com toda a franqueza tudo o que tinha que dizer, obteve respostas favorecendo o diálogo", afirmou o ministro. Ele  ressaltou que o acordo firmado ontem foi importante porque garantiu o fornecimento do gás boliviano ao Brasil.
Preço: “Ali não era o lugar"

Sobre a discussão em torno dos preços do produto, o ministro disse que a declaração aprovada ontem deixa claro que os termos têm que ser compatíveis com os empreendimentos. Segundo Amorim, os termos técnicos do acordo vão ser discutidos nos próximos 180 dias. "Ali não era o lugar certo".
O Brasil paga hoje US$ 3,23 por milhão de BTUs (unidade térmica usada para medir o gás). O preço no mercado internacional oscila entre US$ 7,5 e 8 por milhão de BTUs.
Mesmo criticando o clamor eleitoral por dureza, Amorim disse que o governo é tolerante a esse tipo de crítica. Lideranças do PFL e do PSDB cobram desde domingo passado uma posição dura do governo contra o decreto boliviano que nacionalizou o gás e o petróleo.
Com agências