Segundo Cappelli, “a fusão das secretarias busca otimizar as ações do governo e operacionalizar mais os projetos”. Ele informa que antes, os projetos sociais, por exemplo, tinham uma descontinuidade porque havia um limite de atuação para cada secretaria. “Agora, a Secretaria de Desenvolvimento Social poderá integrar todos os programas e assim tornar mais eficiente os benefícios para a população”. As secretarias fundidas foram as secretarias de Trabalho e Emprego, Promoção Social, Indústria Comércio e Agricultura, Idoso e Portadores de Deficiência e Assuntos Comunitários.

Nesta nova secretaria, Ricardo Cappelli desenvolverá programas como o Bolsa Família, o Agente Jovem, o Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), de Micro-crédito, Inclusão Digital, Ciência e Tecnologia, Ação Social, Sentinela e outros.

“Só o Bolsa Família atende quase 40 mil pessoas”, diz Cappelli. “No programa de Micro-crédito cerca de 1.500 já foram oferecidos. No Agente Jovem buscamos qualificar e elevar a escolaridade. Há ainda o telecurso profissionalizante, vamos montar uma rede de inclusão digital, expandir o Sentinela, que atende jovens vítimas de violência e construir abrigos municipais. Com a secretaria será possível integrar mais as famílias nos programas sociais do governo, que deve servir como local de passagem para que a pessoa volte ao mercado de trabalho”, planeja Cappelli.

“Mudar a estrutura política é um desafio da esquerda”

Um dos desafios da atual administração de Nova Iguaçu é mudar a cara da Baixada Fluminense, que sempre foi conhecida pela violência e pobreza, onde durante décadas predominou o coronelismo e o fisiologismo. Para Cappelli, “o desafio é grande, pois foi uma vitória eleitoral no Poder Executivo. Na Câmara, o campo de esquerda é minoria. Em Nova Iguaçu, a vitória foi uma conquista de uma frente ampla, um campo renovador. Mudar a estrutura política é um desafio da esquerda, que saiu só da capital do estado. Na Baixada queremos mudar o paradigma de violência. Nova Iguaçu tem uma grande área de proteção ambiental e pode ser um pólo de desenvolvimento econômico e social e ainda virar referência para a região”.

Cappelli já é experiente na administração pública. Ocupou por dois anos uma secretaria no governo do estado do Rio e esteve por dois anos no Ministério dos Esportes. “Saímos do discurso e fomos para a prática. Aqui fazemos política para mudar a vida das pessoas. Tem também a relação do governo com a sociedade e com os movimentos sociais, aprendemos os limites do estado. Todo partido político quer chegar ao poder e é importante termos quadros que aprendam como funciona a máquina pública. Não só eu, mas outros quadros do PCdoB fazem aqui uma gestão honesta, isenta e transformadora”, define Cappelli.