Garotinho avalia que “só milagre” salva candidatura

O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho disse nesta sexta-feira (5) que só "um milagre" viabilizaria sua candidatura presidencial. "Eu não tenho mais ilusão. Minha candidatura, só um milagre" disse ele em entrevista &ag

O ex-governador atribuiu as denúncias a uma estratégia usada por seus inimigos para destrui-lo, concentrando os ataques em setores que apóiam a reeleição de Lula. "Isso tudo foi armado por um triângulo formado pelos bancos, pelo presidente Lula, que sabe que se eu for candidato ele não ganha, e por gente de dentro do PMDB", disse também, na entrevista.

Ataque ao PMDB pró-Lula

Pela primeira vez ele citou nomes de outros peemedebistas que teriam interesse em armar as denúncias. Para Garotinho, os senadores José Sarney (AP), Renan Calheiros (AL) e Ney Suassuna (PB), todos da ala peemedebista pró-Lula, são alguns dos responsáveis pela crise que atingiu sua candidatura.

O PMDB deve realizar neste sábado (13) uma Pré-Convenção para decidir sobre a conduta do partido nas eleições presidenciais. O ex-governador do Rio de Janeiro se opõe ao encontro, defendendo que a decisão aconteça na Convenção Nacional, em junho.

Na entrevista à rádio, Garotinho voltou a dizer que só vai parar a greve de fome, iniciada no domingo, quando obtiver direito de resposta na revista Veja e nos veículos das Organizações Globo. O jornal O Globo iniciou em 23 de abril a onda de denúncias que aponta irregularidades em empresas doadoras de dinheiro para a campanha do ex-governador. Já a revista estampou na capa de sua última edição uma montagem em que Garotinho aparece com chifres e rabo de demônio.

No quinto dia de greve de fome, Garotinho acordou às sete da manhã, e recebeu a visita do médico Abdu Neme; do presidente da Assembléia Jorge Picciani (PMDB) e do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB). Ele já perdeu 2,6 quilos desde domingo.

Com agências