Instituto de pesquisa espacial facilita acesso a imagens do céu
Disponibilização livre e gratuita de imagens de satélites, ações para popularização de conhecimentos gerados com apoio da tecnologia espacial, problemas e boas experiências do sensoriamento remoto em
Publicado 10/05/2006 15:52
Disponibilização livre e gratuita de imagens de satélites, ações para popularização de conhecimentos gerados com apoio da tecnologia espacial, problemas e boas experiências do sensoriamento remoto em áreas tropicais e os potenciais da cooperação científica entre países que têm águas na zona costeira amazônica. Esses foram os principais temas que durante três dias (de 26 a 28 de abril) reuniram em Belém algumas das maiores autoridades da latino-americanas ligadas a estudos envolvendo monitoramento ambiental através de imagens óticas e de radar.
O Curso de Sensoriamento Remoto para Estudo de Ecossistemas Costeiros Tropicais, evento organizado pelo Centro Regional de Educação em Ciência e Tecnologia Espaciais para a América Latina e Caribe (CRECTEALC) – instituição ligada à Organização da Nações Unidas, ONU – reuniu cerca de 40 participantes de vários estados brasileiros e também de outros países.
Promovido pelo Laboratório de Análises de Imagens do Trópico Úmido da Universidade Federal do Pará (LAIT-UFPA), com apoio do projeto PIATAM mar, Potenciais Impactos Ambientais no Transporte de Petróleo e Derivados na Zona Costeira Amazônica, curso teve o objetivo de atualizar pesquisadores em diversas áreas sobre o que há de mais novo em tecnologia disponível para o estudo de ecossistemas costeiros tropicais, bem como dividir boas experiências de projetos realizados na área em instituições diversas da América Latina e Caribe.
“São várias as atividades de formação que realizamos através do Centro Regional de Educação em Ciência e Tecnologia Espaciais para a América Latina e Caribe, inclusive na área de pós-graduação. Eventos como esse são importantes para a formação de quadros de pessoal na região”, avaliou a pesquisadora gaúcha Tânia Maria Sausen, doutora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) ligada ao Campus Brasil do CRECTEALC.
Pós-doutorada em Geociências pela University of Leicester (Reino Unido) e expert em sensoriamento remoto aplicado à geomorfologia fluvial, Sausen narrou durante o encontro como o Programa Educa Sensoriamento Remoto, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, vem usando a internet e discos digitais para oferecer acesso a um atlas destinado a professores e estudantes de Ensino Médio.
O atual esforço do INPE em disponibilizar acesso total às imagens de satélite de que dispõe também foi reforçado em Belém pelo pesquisador José Carlos Epiphânio, que lembrou que a instituição já está oferecendo download gratuito de cenas geradas pelo programa dos satélite CBERS – que reúne China e Brasil – para organismos nacionais interessados, através do site http://www.inpe.br.
Além de ações para a popularização do conhecimento gerado com apoio da tecnologia espacial, o debate sobre as principais vantagens e desvantagens do uso de imagens óticas ou de radar a partir de satélites ou de sobrevôos sobre regiões costeiras tropicais foi fomentado ainda pelas apresentações de experts como o doutor em geologia Pedro Walfir Filho (UFPA) e do doutor em Física Laurent Polidori, pesquisador do Institut de Recherche pour le Développement (IRD), da Guiana Francesa.
Além de ações para a popularização do conhecimento gerado com apoio da tecnologia espacial, o debate sobre as principais vantagens e desvantagens do uso de imagens óticas ou de radar a partir de satélites ou de sobrevôos sobre regiões costeiras tropicais foi fomentado ainda pelas apresentações de experts como o doutor em geologia Pedro Walfir Filho (UFPA) e do doutor em Física Laurent Polidori, pesquisador do Institut de Recherche pour le Développement (IRD), da Guiana Francesa.
Outro ponto discutido em Belém foi a a necessidade de intercâmbio entre estudos costeiros realizados entre Brasil e a Guiana Francesa, que acaba de instalar sua estação de recepção de imagens de satélite SPOT, para monitoramento do ambiente costeiro amazônico.
Com agências