Gravadora Universal leva multa nos EUA por fazer jabá

A multinacional do disco Universal foi obrigada a desembolsar US$ 12 milhões (R$ 25 milhões) ao estado de Nova Iorque, pela acusação de pagamento de “jabá”. O acordo foi feito com o procurador-geral do Estado,

Spitzer obteve e-mails que comprovam que executivos da Universal tinham conhecimento dos pagamentos às rádios. O caso remete ao final de julho de 2005, quando o Estado de Nova Iorque abriu um Inquérito sobre a Sony/BMG para averiguar o pagamento de jabá para as rádios norte-americanas executarem músicas de seus artistas. Na época, a gravadora foi condenada a pagar em torno de US$ 10 milhões ao Estado. Neste processo foram intimadas também as gravadoras Universal, Emi e Warner para prestarem esclarecimentos sobre essa modalidade de suborno que oprime a cultura musical.

“Nossa investigação mostra que, contrariando a expectativa dos ouvintes de que as canções são escolhidas em função de sua popularidade e seus méritos artísticos, o tempo de exposição das canções freqüentemente é determinado por pagamentos sigiloso feitos às estações de rádio e seus funcionários”, afirmou Spitzer em 2005.

Essas gravadoras estão entre as cinco majors que, no Brasil, possuem cerca de 85% do mercado de CDs e da reprodução em rádio, formando um cartel musical que obstrui as melhores produções nacionais e as gravadoras independentes. Mesmo produzindo uma ínfima quantidade de artistas, esse cartel tem dominado as execuções nas rádios através desta prática que os Estados Unidos exportaram para o restante do mundo.