Lula repassa R$ 10 bi em crédito para trabalhadores rurais

O governo federal vai destinar R$ 10 bilhões em crédito para o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) 2006-2007. A verba é para financiamento a assentados da reforma agrária e agricultores familiares. O anúncio foi f

"Nossa meta é chegar ao final deste Plano Safra com dois milhões de contratos. Ou seja, em quatro anos queremos incluir no sistema produtivo brasileiro mais de um milhão de novas famílias, que em situação normal estariam deixando de produzir", disse Cassel.

O ministro ressaltou que desde 2003 o governo vem elevando os valores do crédito destinado ao Pronaf. "Na safra 2003-2004, destinamos R$ 5,4 bilhões; em 2004-2005, R$ 7 bilhões; e na safra 2005-2006 (que ainda está em vigor), R$ 9 bilhões", destacou.

Ao deixar a reunião, no Palácio do Planalto, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Manoel dos Santos, disse que a categoria sai "satisfeita" com a decisão do governo, apesar de os integrantes do Grito da Terra terem reivindicado R$ 11 bilhões para o plano safra 2005-2006. "Estamos satisfeitos, pois sabemos que em negociação nem sempre se leva tudo", acrescentou.

O teto para obtenção de crédito junto ao Pronaf também aumentou, segundo o ministro: o do Pronaf B e C, uma linha de crédito destinada aos pequenos produtores, subiu de R$ 3 mil para R$ 4 mil; e o do Pronaf D, para produtores em maior escala, passou de R$ R$ 6 mil para R$ 8 mil.

Cassel também anunciou que, atendendo parte das reivindicações do Grito da Terra 2006, foi criada uma nova linha de crédito, a Pronaf Comercialização, com taxa de juros de 4,5% e limites individuais de até R$ 5 mil – para cooperativas e agroindústrias o limite é de R$ 2 milhões. O governo liberou ainda uma verba adicional de R$ 50 milhões para Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que se somará aos R$ 62 milhões já assegurados no orçamento.

O presidente Lula, segundo Cassel, garantiu que não faltarão recursos para cumprir as metas do 2º Plano Nacional de Reforma Agrária, de assentar 400 mil famílias até o fim do governo.