Conselho Universitário da Uerj não aceita corte de ponto
Em reunião realizada no dia 24, o Conselho Universitário decidiu que a Uerj deve enviar a lista do ponto com a presença integral para o governo do Rio de Janeiro. O Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inova
Publicado 24/05/2006 20:57 | Editado 04/03/2020 17:06
Nesta semana, a governadora afirmou que vai recorrer à Justiça para garantir a realização do vestibular 2007, suspenso por decisão do Conselho. A Uerj está em greve desde de que o governo determinou o corte de 25% dos investimentos na universidade. A falta de recursos provocou a degradação do campus. Em fevereiro um bloco de concreto de dez toneladas caiu, banheiros também estão degradados e as salas de aula estão com infiltrações.
Os servidores da Uerj estão em greve desde o dia 3 de abril, mas a responsabilidade de cortar, ou não, o ponto é da universidade. Em assembléia no dia 23, a Associação dos Docentes da Uerj já havia decidido manter a greve. Eles decidiram realizar um novo ato público na terça-feira (30) organizado por estudantes secundaristas, pediram a paralisação de todos os cursos de pós-graduação por uma semana. Os docentes ameaçam também abrir processo responsabilizando o Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia por assédio moral. Uma nova assembléia foi marcada para o dia 29, às 15h,
Em carta aberta a Asduerj afirma que o governo do estado “tem se demonstrado insensível às reivindicações de setores essenciais como educação e saúde, enquanto se multiplicam as denúncias de irregularidades no trato com as verbas públicas estaduais”.
Ainda em carta dos docentes, trabalhadores e estudantes da Uerj, “a crise político-financeira por que passa a Universidade é reflexo direto do agravamento de um projeto político implementado pelo governo. O desfinanciamento público da Educação não é pontual e tão pouco casual. Não bastasse esse brutal ataque ao patrimônio público o governo resolveu ferir gravemente a autonomia universitária, princípio constitucional que deve ser defendido e preservado acima de quaisquer interesses daqueles que ocupam cargo de governo”.