Estado recorre do reajuste a professores

Estado é obrigado a recorrer por se tratar de uma decisão de primeira instância.

Por se tratar de uma decisão de primeira instância, o governo do Paraná é obrigado a recorrer da sentença judicial que determina o reajuste dos salários dos professores e funcionários da educação, que estão defasados desde junho de 1999. A decisão da 1.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba tem como base uma ação da APP-Sindicato, pedindo o cumprimento de uma primeira decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin). Pelas contas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), a correção seria de 71,67%.

Ontem, durante a Escola de Governo, o governador Roberto Requião destacou que a sentença não leva em conta o reajuste médio de 33% que os professores tiveram com a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários em 2004, sendo que para alguns o aumento foi superior a 100%. Além disso, citou que a folha de pagamento dos docentes saltou de R$ 60 milhões em 2002 para R$ 104 milhões em 2006, uma elevação de 74%. “Em estruturas de pessoal desorganizadas, a concessão de reajuste horizontal resulta injusta, pois, para quem ganha pouco, um reajuste de dez ou vinte por cento não significa muita coisa. Assim, optamos, primeiro, por corrigir as distorções, organizando as carreiras”, declarou o governador. 

Fonte: Jornal O Estado do Paraná