Governo deve ter maioria para votar relatório da CPI dos Bingos
Os governistas deverão ser maioria na sessão de quarta-feira da CPI dos Bingos destinada à apresentação do relatório final da comissão. Diante disso, podem derrubar o relatório do senador Garibaldi Alves Filho (PM
Publicado 05/06/2006 18:02
Os governistas deverão ser maioria na sessão de quarta-feira da CPI dos Bingos destinada à apresentação do relatório final da comissão. Diante disso, podem derrubar o relatório do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) ou garantir alterações no texto em favor do governo.
Na composição dos titulares da CPI, os governistas contam oito votos –Valdir Raupp (PMDB-RO), Leomar Quintanilha (PC do B-TO), Gilvam Borges (PMDB-AP), Flávio Arns (PT-PR), Eduardo Suplicy (PT-SP), Tião Viana (PT-AC), Augusto Botelho (PDT-RR) e Magno Malta (PL-ES).
Os oposicionistas teriam somente seis votos –Romeu Tuma (PFL-SP), Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Antero Paes de Barros (PSDB-MT), José Jorge (PFL-PE), Garibaldi Alves e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). O presidente da comissão, Efraim Morais (PFL-PB), votariam apenas em caso de empate.
O relatório final deve pedir o indiciamento de pelo menos 50 pessoas, entre elas do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e do ex-ministro Antonio Palocci. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser citado no documento final, mas não deve haver conclusões que o incriminem.
Voto em separado
Magno Malta, autor do pedido de criação da CPI, deve apresentar um voto em separado, alternativo ao relatório a ser apresentado pelo senador Garibaldi Alves. Para que seja votado, o relatório de Garibaldi precisa ser derrubado.
No documento, Malta deve criticar a suposta falta de investigação da CPI no assunto central da comissão que era "investigar e apurar a utilização das casas de bingo para a prática de crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, bem como a relação dessas casas e das empresas concessionárias de apostas com o crime organizado".
A crítica é semelhante à feita pelos petistas durante as investigações. O argumento foi usado, inclusive, para pedir a interrupção do depoimento do caseiro Francenildo Costa à comissão parlamentar.
Fonte: Folha Online