PFL articula para Jarbas Vasconcelos substituir Alckmin

A mudança das regras eleitorais pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) provocou uma articulação que envolve PMDB, PSDB e PFL e inclui a troca da cabeça de chapa com o pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin, abrindo a vaga

A mudança das regras eleitorais pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) provocou uma articulação que envolve PMDB, PSDB e PFL e inclui a troca da cabeça de chapa com o pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin, abrindo a vaga para o PMDB. A idéia é oferecer a candidatura presidencial ao ex-governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, com o apoio do PSDB e do PFL

Segundo um dirigente nacional pefelista (não identificado pela Agência Estado, autora desta nota), trata-se de uma saída ousada que permitiria aos três partidos não só derrotar Lula na eleição presidencial, como fazer mais de 90% dos governadores, a maioria total do Senado e ainda eleger mais da metade dos 513 deputados. "Se houver um entendimento nesse sentido, a gente monta uma máquina de moer carne que vai triturar Lula, inclusive no Nordeste", afirma o dirigente nacional.

Lideranças do PSDB negam a notícia e dizem que Alckmin continua candidatíssimo.

Aliança pressionada

Já o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN) disse à Agência Estado que a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que obriga que a aliança nacional entre partidos para a corrida presidencial seja, sob qualquer hipótese, replicada em todos estados, jogou uma pressão "inédita" sobre a coligação PFL/PSDB para as eleições presidenciais.

Agripino, que participa, às 16 horas, de uma reunião com o ministro do TSE, Marco Aurélio de Mello, disse que, se a regra for mantida, da forma como foi exposta nesta terça-feira, o PSDB terá que mudar a postura relativa aos acordos locais com o PFL, para manter o partido na sua chapa.

"A manutenção da chapa vai depender de uma série de coisas. Da interpretação real da decisão, que vamos saber logo mais, e também da postura do PSDB em relação às dificuldades enfrentadas em cada Estado", disse, lembrando que, até agora, as coligações estaduais só estão equacionadas em quatro estados. "Do jeito que está fica muito difícil", afirmou.

Segundo Agripino, "a inquietação da bancada (do PFL) é monumental" e, neste momento, todos estão "preocupados em salvar seu mandato". "Do jeito que foi exposta (a regra), o PFL está obrigado a ser parceiro apenas do PSDB. É uma prisão que não temos direito de impor (aos integrantes do partido)", concluiu.

Fonte: Agência Estado