Ninguém cuidou dos pobres como nós, diz Lula

Lula também não poupou críticas à oposição. "E quando resolvemos ajudar, tem gente que não gosta. Acho que é uma tradição. No Brasil, as pessoas não gostam de quem gosta de pobre", afirmou o presidente. As críticas voltaram quando ele citou entraves enfrentados nas obras de duplicação da BR-101. "Parece que tem um grupo de pessoas nesse país que trabalha 24 horas por dia para não deixar as coisas acontecerem", afirmou. Durante todo o seu discurso, Lula enfocou a necessidade de desenvolver o Nordeste, coisa que não tem sido feita nos últimos anos, segundo ele. "Não queremos mais permitir que não se olhe para a parte mais pobre do país", disse.

Ele não deixou de citar suas origens nordestinas, apesar de ter vivido em São Paulo desde os 7 anos. "Eu saio daqui e volto para Brasília, depois para Rio, São Paulo, mas nunca esqueço que nessas veias têm sangue nordestino", afirmou. Lula disse que "não está em campanha", mas em um "ato institucional" como presidente. "Isto aqui não é comício", disse respondendo às críticas da direita de que está usando verbas governamentais para fazer viagens em pré-campanha eleitoral.

Comentando o discurso do ex-ministro da Integração Ciro Gomes, presente na cerimônia, Lula disse novamente que "não tem o direito de ficar nervoso" com as críticas. "Quem está na Presidência tem que engolir, sapo, rã, cururu, mas não pode perder as estribeiras. De vez em quando sou atacado, eu conto até dez e me pergunto por que estão me atacando", afirmou. "Eu estou calmo", concluiu o presidente.

Com agências