Bolívia tem mais provas de infiltração militar dos EUA
O governo boliviano apresentou nas últimas horas novos elementos sobre a infiltração de militares norte-americanos na Bolívia, logo depois do falido desmentido da embaixada de Washington. O vice-presidente Alvaro García e o minist
Publicado 22/06/2006 14:38
"O que disse o presidente é uma verdade e é uma situação que preocupa ao governo e por isso está sendo investigada", disse García. San Miguel foi mais preciso e citou informes da inteligência boliviana que informou que há um grupo suspeito de vinte norte-americanos participantes em um seminário sobre solução de conflitos na universidade privada Nur, da cidade oriental de Santa Cruz. Segundo ele, parte desses estrangeiros são militares.
As declarações oficiais desmentem as alegações da embaixada estadunidense que disse à imprensa que a acusação de Morales era sem fundamento. Dias atrás, durante concentrações populares no interior, Evo revelou que o embaixador de Washington em La Paz, David Greenlee, lhe solicitou uma reunião possivelmente para reclamar sobre suas denúncias antiimpeerialistas.
Na ocasião, o presidente disse que respondeu que "gostaria que também me dissessem porque entram militares norte-americanos camuflados". Evo afirmou que agora o argumento contra a Bolívia já não é o narcotráfico ou o comunismo, senão o terrorismo, "um pretexto para nos dominar, submeter, para controlar nossos recursos naturais".
Em maio passado, o chefe de Estado denunciou que estava em marcha um complô contra sua administração, começado quando o presidente estadunidense George W. Bush, foi à imprensa dizer que há um deterioramento da democracia boliviana. O presidente indígena afirmou que, depois da nacionalização dos hidrocarbonetos, empresas petroleiras e algumas pessoas que escaparam depois de matar o povo (alusão ao ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, radicado nos EUA), querem se organizar para derrubar a democracia boliviana.
Morales disse que não tem medo de conspiradores e está decidido a enfrentá-los para dignificar a Bolívia e avançar na recuperação de todos os recursos naturais através da Constituinte que será eleita no próximo dia 2 de julho.
Da Redação
Com agências.