17 atuais governadores vão disputar a reeleição em outubro
Atualizada em 1/7 – 10h
Levantamento sobre as principais candidaturas estaduais chama a atenção pelo volume de postulantes a novo mandato. Dos 27 atuais governadores, 17 tentarão continuar no posto. Como muitos partidos dei
Publicado 30/06/2006 09:48
Confira ao lado o quadro preliminar, que relacionou apenas os principais candidatos e/ou pertencentes aos principais partidos nacionais. No Distrito Federal, o candidato do PCdoB, Agnelo Queiroz, desistiu de disputar o governo e apoiará a candidata do PT, Arlete Sampio.
Sem reeleição
PT e PSDB têm mais nomes na disputa
No último dia para realização de convenções partidárias, PSDB e PT confirmaram a hegemonia do quadro político brasileiro ao lançarem sozinhos os maiores números de candidatos próprios aos governos estaduais -contrariando a expectativa de que o PMDB fosse a legenda com mais nomes para as disputas locais.
Até o início da noite de ontem, o PT já havia definido 18 candidatos próprios a governos estaduais. O PSDB vinha logo atrás, com 17 nomes próprios. O PMDB tem 16, e o PFL, sete.
Quando se consideram também os candidatos a vice-governador, o PT está presente nas disputas majoritárias de 21 das 27 unidades da Federação. Já o PSDB está presente em 22. O PMDB tem sete candidatos a vice próprios. O PFL, dez.
Pode-se considerar, portanto, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá 21 palanques próprios nos Estados para tocar a sua campanha à reeleição. Já o tucano Geraldo Alckmin estará à vontade para subir em 22 palanques próprios.
A vantagem do PSDB aumenta se são incluídos os candidatos a governador e vice do PFL. Nesse cálculo, em tese, Alckmin terá palanques amigáveis em 25 das 27 unidades da Federação. Lula não se beneficia desse tipo de cenário, pois seu principal aliado, o PC do B, não tem candidatos a governador ou a vice nos Estados onde o PT não está presente.
Números preliminares
Todos esses números ainda são preliminares, pois uma brecha na lei permite aos partidos deixarem as atas de suas convenções em aberto até o último dia de registro das candidaturas -a próxima quarta-feira.
No PSDB e no PFL, por exemplo, apesar de lançarem candidatos ou anunciarem coligações, muitos dos diretórios estaduais tucanos e pefelistas aprovaram moções que autorizam a Executiva Nacional dos partidos a anular as alianças até o próximo dia 5. Essa medida visa a forçar algumas negociações de última hora para corrigir alguns cenários considerados desfavoráveis a Alckmin, mesmo que o nome local seja do seu partido.
Senado
Quando são levados em conta os candidatos próprios das quatro maiores siglas (PT, PSDB, PFL e PMDB) ao Senado, os petistas saem perdendo, com apenas nove nomes próprios para a eleição deste ano -na qual será renovado um terço dessa Casa.
O PSDB tem 13 candidatos próprios ao Senado, enquanto o PFL é o campeão nessas disputas, com 14 nomes lançados até ontem. O PMDB tem 11 candidaturas próprias.
No que diz respeito às alianças em cada Estado, embora ainda não exista um quadro definitivo, já é possível afirmar que a maioria dos partidos sem candidato a presidente oscila entre apoiar Lula ou Alckmin, dependendo do Estado.
O PSB está majoritariamente com o PT nos Estados, mas também participa de uma aliança com o PSDB em Tocantins.
O PCdoB apóia o PT em praticamente todos os Estados em que o Partido dos Trabalhadores tem candidato ao governo estadual. Os comunistas também lançarão candidatos ao Senado em quatro estados: Rio de Janeiro, Ceará, Distrito Federal e Pernambuco.