Empresas da planta da Fiat descumpriram acordo

Os motivos são dois: o primeiro é que a jornada trabalhada no dia 15 de junho (feriado) só poderia ser compensada com a concessão de uma folga prolongada – na sexta-feira ou na segunda, como prevê o acordo; o segundo &eacu

Em reunião na próxima segunda (10), o Sindicato irá questionar as empresas da planta da Fiat sobre o descumprimento do acordo assinado em maio, no que diz respeito à compensação de jornada.

Os motivos são dois: o primeiro é que a jornada trabalhada no dia 15 de junho (feriado) só poderia ser compensada com a concessão de uma “folga prolongada” – na sexta-feira ou na segunda, como prevê o acordo; o segundo é que a compensação no último sábado (1º) foi informada três dias antes, enquanto o acordo prevê que a comunicação deve ser efetuada com, no mínimo, quatro dias de antecedência.

Na reunião, que também servirá para a apuração das metas da PLR na planta da Fiat, o Sindicato também irá encaminhar às empresas uma reclamação que tem sido constante entre os trabalhadores: a hora extra no segundo turno. Eles se queixam de estarem deixando a fábrica somente à 1h54, 45 minutos após a jornada normal.
 
“Reclamar é pouco”
Vergílio Goulart, metalúrgico na Fiat, observa, porém, que “só reclamar não resolve”. “Temos exemplos de trabalhadores em outras empresas que decidiram dar um basta aos problemas que vinham enfrentando e mudaram a situação. Os trabalhadores precisam prestar atenção a estes exemplos e se unirem entre si e ao Sindicato”.

Ele lembra que o número de demitidos este ano pela Fiat prova que “ficar calado não resolve”. “A empresa já demitiu quase o mesmo que no ano passado inteiro, sem greve ou mobilização”. E pergunta: “Até quando os trabalhadores da Fiat vão permanecer nesta apatia?”.