Novo leilão da Varig pode ocorrer a curto prazo
O diretor Marcelo Gomes, da empresa Alvarez&Marsal, que faz a reestruturação financeira da Varig, afirmou neste domingo (9) que a VarigLog tem condições de alterar a proposta de compra da companhia aérea para que a J
Publicado 09/07/2006 12:14
“O relatório da Deloitte foi apenas para informar que algumas coisas deveriam ser alteradas na proposta da VarigLog para enquadramento na lei. Não existe opinião contra. Existe opinião para que seja enquadrada uma proposta dentro da lei”, analisou. A VarigLog, ex-subsidiária da Varig, está atualmente sob controle da Volo do Brasil.
Gomes mantém a expectativa positiva em relação à realização de um novo leilão judicial. Um dos pontos questionados pela Deloitte na proposta diz respeito ao preço mínimo sugerido para o leilão – de R$ 277 milhões. Destacou, porém, que sobre esse valor, que corresponde ao desembolso de dinheiro novo, têm que ser somadas duas coisas: “A VarigLog está assumindo o passivo referente ao programa de milhagem Smiles, estimado em aproximadamente R$ 70 milhões. Ela está assumindo também o passivo referente a transportes a executar, isto é, passagens que foram emitidas que a VarigLog vai honrar. Esse passivo está estimado em algo em torno de R$ 500 milhões”, disse o executivo. Os dados estão contidos no balanço da Varig.
Marcelo Gomes reiterou que esse passivo será assumido pela VarigLog. “Isso aí é um valor que se soma ao valor da companhia”. Incluindo o preço mínimo no leilão, o total atinge cerca de R$ 850 milhões. “Na hora em que você assume o passivo, você vai ter que pagar. Eu tenho que honrar o transporte a executar, ou seja, a receita que não estou tendo no meu avião, porque estou tendo que transportar passageiro que a empresa antiga, ou seja, a Varig em recuperação, recebeu já o dinheiro desse cliente, mas ainda não o transportou. Todo aquele gasto com a passagem já entrou no caixa da Varig, mas quem vai honrar esse vôo é o comprador”, explicou.
Amanhã (10) estão agendadas reuniões da VarigLog com a Varig e com o juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que preside o processo de recuperação judicial da companhia.
Com informações
da Agência Brasil