PCdoB/BA: Agora é campanha eleitoral
Jacques Wagner “representa o projeto liderado pelo presidente Lula e tem viabilidade eleitoral já demonstrada na última eleição para governador”, diz Péricles de Souza, presidente do PCdoB/BA. Em contraposiç&a
Publicado 10/07/2006 16:11
Por Péricles de Souza *
O PCdoB em grande e entusiasmada Convenção Estadual deliberou, em junho, coligar-se com o PT e outros partidos em apoio à candidatura de Jacques Wagner ao governo da Bahia. A resolução que aprovamos destaca a importância da reeleição de Lula, reconhece na candidatura de Wagner a representação deste projeto nacional, caracteriza Paulo Souto como o anti-Lula na Bahia, afirma que o atual governo estadual mantém, no essencial, a tradição “carlista” de governar, serve aos interesses restritos de uns poucos, mantém controle rígido dos principais meios de comunicação, recusa o diálogo democrático com a sociedade organizada (inclusive as entidades representativas dos servidores públicos), esvazia instâncias consultivas como os conselhos e conferências, tão incentivados pelo governo federal, reduz o poder legislativo a simples extensão do gabinete do governador tirando-lhe as prerrogativas de legislar e fiscalizar.
Diz ainda a Resolução: Para governador o PCdoB apóia a candidatura de Jacques Wagner, do PT e defende ampla coligação partidária em torno do nome do ex- ministro. Wagner representa o projeto liderado pelo presidente Lula, tem viabilidade eleitoral já demonstrada na última eleição para governador, é político honesto, possui origem no movimento sindical e popular e manteve-se fiel a ele como deputado em vários mandatos e como ministro.
A candidatura de Wagner foi registrada no TRE por uma coligação de oito partidos, fato único desde o início dos anos 80. Ali estão PT, PCdoB, PSB, PMDB, PTB, PPS, PV e PMN. Estes partidos dão a Wagner tempo de rádio e TV superior ao de seu adversário e o apoio, até aqui, de mais de 70 prefeitos, inclusive o de Salvador.
A construção de frente tão ampla levou os oito partidos a abrirem mão de candidatura própria ao Senado e apoiarem a candidatura do ex-governador João Durval. Ele discursou no encerramento da Convenção do PT no último dia 30, quando afirmou que o PDT não teria candidato ao governo e que ele, João Durval, dava seu apoio a Wagner. Disse ainda que o PT e seus coligados não teriam candidato ao Senado, e o apoiariam.
Nosso Partido levou em conta a opinião dos aliados e a importância de ampliarmos as alianças em torno de Wagner. Reafirmando a primazia da reeleição de Lula e alertando para o fato de não termos na campanha do Senado um candidato que a defendesse retiramos a candidatura de Olívia Santana que passa a ser candidata à Câmara dos Deputados, ao lado de Alice Portugal, Daniel Almeida e Pedro Marcelino.
Nas eleições proporcionais nossa coligação é com o PT, o PTB e o PMN. Somente votos dados a candidatos destes partidos ajudam a eleger os nossos.
As novas regras da legislação eleitoral terminaram por valorizar a campanha militante, do corpo a corpo, do contato direto. Nesse sentido fomos favorecidos. Vamos para as ruas com muito panfleto, carro de som, arrastões e comícios. Agora é a campanha para eleger Lula, Wagner e os candidatos do PCdoB.
*presidente estadual do PCdoB da Bahia