Abbas denuncia ataques a civis palestinos por ocupação israelense

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, denunciou nesta terça-feira, em Amã, capital da Jordânia, a escalada da violência em promovida por Israel em Gaza, repudiando os ataques das forças de ocupação isra

"A situação é extremamente difícil", afirmou Abbas em Amã, após uma reunião com o premiê jordaniano, Marouf al Bakhit. "Os israelenses atacam civis de um lado e a infra-estrutura da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de outro", disse.

"As tropas israelenses destróem centrais elétricas e de abastecimento de água" na ação militar, assim como prédios do governo. "Mas o mais grave é que estão alvejando civis, incluindo famílias", afirmou. "Todos os dias, um grande número de mulheres e crianças morrem".

O presidente palestino disse que pediu ajuda aos países árabes e à comunidade internacional para dar um fim à mais recente agressão hebraica, cuja captura do soldado invasor Guilad Shalit , no último dia 25, em um posto militar em Kerem Shalom, serviu como pretexto para o premiê Ehud Olmert dar o sinal verde para as tropas de ocupação.

Abbas disse também que pediu a secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que aja para dar fim ao massacre em Gaza. Mais de 70 palestinos já foram assassinados desde o início da agressão militar, há 13 dias.

O premiê palestino, Ismail Haniyeh, do Hamas escreveu em um artigo no jornal americano "Washington Post" que a "invasão de Gaza é o mais recente esforço [de Israel] para prejudicar o resultado das eleições palestinas" de 25 de janeiro.

No pleito, democrático para os milhares de observadores de todo o mundo que assistiram às eleições, o Hamas obteve a maioria no Parlamento palestino. "Se Israel não permitir que os palestinos vivam em paz, com dignidade e integração nacional, os israelenses também não conseguirão desfrutar dos mesmos direitos", escreveu Haniyeh.

Ele denunciou ainda Israel e os Estados Unidos de empreenderem uma "guerra econômica e diplomática" contra a ANP. Os dois países promoveram um boicote financeiro contra o governo palestino, tornando ainda mais caótica a situação para milhares de funcionários públicos do país, que não recebem salários há 4 meses.