Cuba diz que corrupção dos EUA será respondida com firmeza

O presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, disse que o novo plano dos Estados Unidos para acelerar a “transição democrática” em Cuba por meio de corrupção será respondido com firmeza.

Alarcón, presidente da Assembléia Nacional do Poder Popular (Parlamento unicameral cubano), afirmou que o plano elaborado pela “Comissão de Assistência para uma Cuba Livre”, aprovado na segunda-feira pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, é uma provocação e responde à política delirante do "bushismo".

O relatório oferece incentivos econômicos condicionados a um eventual “governo de transição” em Cuba e prevê, entre outras medidas, destinar US$ 80 milhões adicionais para financiar organizações contra-revolucionárias na ilha, “programas educativos e transmissões informativas”.

Helms-Burton

 

Alarcón falou também sobre a existência de cláusulas secretas no plano, que contêm "o que não se atrevem a dizer publicamente" por motivos de segurança nacional. "Nos Estados Unidos, segurança nacional é um conceito que está associado indissoluvelmente ao militar ou a atividades encobertas", lembrou Alarcón. A existência de um anexo secreto "abre espaço para a imaginação" e "para que se pense em coisas como guerras ou terrorismo, o que eles (os EUA) não se atrevem a reconhecer abertamente", disse Alarcón.
Segundo ele, os Estados Unidos "neste momento, não podem fazer uma intervenção militar em

Cuba, porque estão até o pescoço no Iraque e não sabem como sair". "Os novos planos dos Estados Unidos não têm nada a ver com a geração de Fidel ou com minha geração", disse. "Não tem nada a ver com o momento pelo qual Cuba atravessa", porque são o desenvolvimento da Lei Helms-Burton, afirmou. A política dos Estados Unidos em relação a Cuba "fracassou e está fracassando", disse Alarcón.

Com agências