Obrador denuncia lobby diplomático a favor de Calderón

O candidato mexicano Andrés Manuel López Obrador disse que na eleição presidencial do último dia 2 houve "compra de votos" e que diplomatas têm trabalhado para que estrangeiros reconheçam a vitória do cons

Ao apresentar dois novos vídeos que provariam que foram cometidas irregularidades nas eleições, López Obrador assegurou que as autoridades eleitorais contabilizaram como nulos muitos votos que seriam dele. Os vídeos mostram algumas pessoas abrindo ilegalmente, na segunda-feira, as urnas eleitorais em cidades do sul do país permanecem sob controle militar. López Obrador também ratificou a veracidade de outro vídeo que divulgou na segunda-feira e que demonstra evidências de inchaço das urnas, quando surgem mais votos nelas do que os depositados pelos eleitores registrados em cada circunscrição.

O Instituto Federal Eleitoral (IFE) não aceitou os materiais apresentados por López Obrador e insistiu na afirmação de que o pleito transcorreu de forma “limpa e legal”. A coalizão que apóia Obrador, liderada pelo PRD, impugnou os resultados e exige uma apuração "voto a voto" junto ao Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF), que tem de prazo até 31 de agosto para julgar as queixas apresentadas. O candidato progressista acusou o presidente, Vicente Fox, de "trair à democracia" por ter promovido as irregularidades que o impediram de obter o primeiro lugar na apuração do IFE. Ele disse ainda que o serviço exterior mexicano tem trabalhado para que Governos estrangeiros intercedessem em favor de Calderón.

Esse lobby levou vários governos estrangeiros a cumprimentar, por antecipação, Calderón, "o que é ilegal porque o TEPJF ainda não se pronunciou", disse López Obrador. Os líderes do PRD pediram aos governos de outros países que se abstenham de reconhecer a vitória do candidato do PAN, depois das felicitações enviadas na última semana por autoridades da Colômbia, da Espanha, dos Estados Unidos e de outras nações. O conservador Felipe Calderón, temeroso com as marchas como a que começará nesta quarta-feira em direção à capital em vários estados do país, disse que “as eleições são vencidas nas urnas, não nas ruas”.

Com agências