Observador pede que países não reconheçam eleição de Calderón

O deputado argentino Miguel Bonasso, observador durante as recentes eleições mexicanas, pediu ao governo de seu país para que não reconheça a vitória do candidato Felipe Calderón, "por causa das suspeitas de fraudes".

O deputado argentino Miguel Bonasso, observador durante as recentes eleições mexicanas, pediu ao governo de seu país para que não reconheça a vitória do candidato Felipe Calderón, "por causa das suspeitas de fraudes". 

Ao regressar do México, Bonasso disse à agência de notícia Ansa que "há suspeitas de fraudes escandalosas, generalizadas na sociedade mexicana".

O legislador argentino de centro-esquerda, próximo ao presidente Néstor Kirchner, pediu portanto que a Argentina "não reconheça a vitória de Calderón".

Bonasso também discutiu com o chefe da Missão de Observadores da União Européia para a eleição no México, José Ignacio Salafranca, que assegurou que o resultado da votação "é transparente".

"Este senhor pertence ao Partido Popular de José María Aznar (ex-primeiro-ministro da Espanha), que fez campanha a favor de Calderón porque seu amigo (atual presidente mexicano) Vicente Fox está comprometido com a fraude", refutou Bonasso.

"Não é certo que a eleição foi transparente", disse Bonasso. "Os observadores argentinos trouxeram do México uma péssima impressão de como os resultados preliminares são manipulados e tiveram denúncias de alterações na contagem das mesas eleitorais." 

Bonasso, que viveu exilado no México durante a ditadura de seu país, disse que "a Argentina e os outros países latino-americanos não devem reconhecer Calderón até o pronunciamento do Tribunal Federal Eleitoral, que pode realizar uma contagem voto a voto".

Fonte: Ansa