China pede que EUA conversem sobre RPDC

O presidente da China, Hu Jintao, disse, após encontro com o presidente norte-americano, George W. Bush, que as conversas entre Estados Unidos, Coréia do Sul e do Norte, Rússia, Japão e China são a maneira de resolver pacificamente o impasse c as provocaç

Hu e Bush se encontraram durante conferência do G-8 (grupo dos sete países mais industrializados mais a Rússia) em São Petersburgo. “Os dois lados concordaram em manter os esforços para que haja um movimento em direção às conversações, de forma que toda a península coreana possa ser desnuclearizada”, declarou Hu. As negociações foram interrompidas porque os Estados Unidos não demosntraram interesse em conversar levando em conta as considerações da Coréia do Norte. Segundo o presidente da China, “ambas as partes expressaram o compromisso de manter a paz e a estabilidade na Coréia do Norte, e ambas as partes acordaram continuar os esforços para avançar nas conversas multilaterais”.


Os dois presidentes também dialogaram sobre o programa nuclear iraniano, motivo de provocações norte-americanas, sobre o qual disseram estar dispostos a colaborar “para continuar buscando uma solução pacífica”. Após intensas e complicadas negociações com a China, os 15 membros do O Conselho de Segurança (CS) votaram a favor de uma moção patrocinada por oito países, entre eles Estados Unidos, Reino Unido e França. Japão e Estados Unidos concordaram no último momento em eliminar do documento as referências ao Capítulo VII da Carta da ONU, que abririam o caminho a sanções econômicas mais amplas ou a uma intervenção militar contra Pyongyang.


 


Cerco ideológico


 


Há tempo a Coréia do Norte pede que os Estados Unidos retirem as armas nucleares armazenadas em território da vizinha Coréia do Sul. Pyongyang denunciou recentemente que a presença de mísseis Patriots na Coréia do Sul denotava que os Estados Unidos preparavam um ataque 'preventivo' contra a Coréia do Norte. O Japão, pais utilizado pelo regime de Bush para hostilizar a Coréia do Norte, vinha ameaçando levar o caso perante o CS da ONU há tempos. Agora, ajudado pela imprensa pró-Estados Unidos, achou o pretexto.


O cerco ideológico e político pelo imperialismo norte-americano a Pyongyang é antigo. A Coréia do Norte chegou a fazer uma proposta audaciosa aos Estados Unidos em Pequim, durante as negociações para tentar resolver a crise criada pelo regime de George W. Bush. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país asiático, citado pela agência de notícias norte-coreana Korean Central News Agency, disse que 'durante as discussões, a Coréia do Norte lançou uma nova proposta audaciosa para amenizar as tensões entre a Coréia do Norte, Estados Unidos e as partes envolvidas'.


 


Provocações


 


Segundo ele, o governo da Coréia do Norte pediu aos Estados Unidos a assinatura de um tratado de não agressão para desativar a crise. As negociações em Pequim foram dadas como finalizadas pelo então secretário de Estado norte-americano Colin Powell, um dia antes da data prevista para o encerramento. Washington abandonou as negociações e saiu acusando a Coréia do Norte de ter 'bomba atômica'. O regime de Washington disse que a negociação não seriam possíveis sem a participação nas conversas de Coréia do Sul e Japão, países usados pelos Estados Unidos para hostilizar Pyongyang.


 


O secretário-assistente de Estado de Washington, James Kelly, que representou o império norte-americano na reunião de Pequim, foi o responsável pelo desencadeamento dos provocações de Washington contra a Coréia do Norte. A visita de Kelly a Pyongyang em outubro de 2002 precipitou a crise. Na ocasião, ele acusou a Coréia do Norte, sem provas, de ter um 'programa nuclear' e desencadeou a histeria do regime norte-americano contra o país asiático.


 
Com agências internacionais