Cúpula do Mercosul: Paraguai defenderá maior integração

O governo do Paraguai antecipou, por intermédio de sua ministra das Relações Exteriores, Leila Rachid, qual será seu posicionamento durante a 30º Reunião de Cúpula do Mercosul, a ser realizada em Córdoba, na Argentina, entre 20 e 21 de julho. O país defen

Rachid espera que ao longo da reunião as barreiras comerciais existentes entre seu país e os dois maiores mercados do Mercosul (Brasil e Argentina) diminuam. “É preciso aplicar já um instrumento que impeça a colocação de barreiras comerciais ou medidas especiais de salvaguarda no comércio inter-regional”, afirmou.



Pressão do empresariado



Apesar de não assumir uma posição clara de enfrentamento, o Paraguai dá um recado importante aos outros países do Mercosul. Não é de hoje que o empresariado local pressiona o governo no sentido de conquistar maiores vantagens nos acordos comercias, já que existem muitas barreiras para exportar seus produtos.



Há no país grupos de empresários que defendem abertamente a saída do Paraguai do bloco, em benefício de acordos bilaterais com países como os Estados Unidos. Na recente inauguração da Expo 2006, a maior feira agroindustrial do país, o presidente da União Industrial Paraguaia, Gustavo Volpe, expôs sua opinião ao presidente Nicanor Duarte: “Defendemos abertamente a liberdade do Paraguai para negociar outros acordos com países ou blocos que não sejam de nossa região”.



Por enquanto o governo paraguaio não dá indícios de que agirá dessa maneira, mas o discurso da ministra Rachid é uma mostra de que o governo pode sucumbir à pressão local.



Contraponto



O embaixador argentino Alfredo Chiaradía apresentou, nesta quinta-feira (20/7), em Córdoba, um relatório com os avanços conquistados pelo Mercosul nos últimos seis meses – período em que a Argentina ocupou a presidência rotativa do bloco. Segundo ele, houve progressos significativos em setores fundamentais para a integração local.



“Neste semestre o Mercosul avançou, desde o ingresso da Venezuela até o aprofundamento de nossa integração. Certamente iremos avançar mais ainda, através da coordenação macroeconômica do bloco, da União Aduaneira, dos investimentos e da integração energética”, afirmou Chiaradía.



Com agências.