“Mulheres das Américas” discutem combate ao racismo

Começou nesta segunda-feira (24/7) em Brasília a reunião Diálogo entre Mulheres das Américas e Caribe Contra o Racismo e Todas as Formas de Discriminação. O evento, que se encerra na terça (25), é promovido por organizações sociais que defendem os direito

Ao final do debate será elaborado um documento com as reivindicações que serão levadas a Conferencia Regional das Américas. A ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, disse que nesse encontro as mulheres poderão refletir sobre suas realidades e fazer um balanço das reivindicações atendidas pelos governos.


 


Para Matilde, a principal questão que envolve não só as mulheres, mas os negros e índios no Brasil é a invisibilidade desses grupos na agenda política ao longo da história. “Isso leva a uma exclusão social. Todos os índices do Brasil que podemos analisar do ponto de vista da qualidade de vida colocam que as mulheres negras e indígenas são as mais pobres entre os pobres e as que têm menos acesso a bens e serviços. E isso se traduz na área de saúde e trabalho”, afirmou.


 


Na avaliação da diretora do escritório regional do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), Ana Falu, o combate à discriminação contra as mulheres na América Latina tem tido avanços nos últimos anos. “Mas ainda é preciso que essas ações sejam concretizadas na prática”, disse.


 


“Vários instrumentos de ordem internacional e nacional nos países sem dúvida são um avanço. A gente tem avançado em legislação, convênios, acordos, mas estamos longe de que essa implementação signifique a necessária transformação cultural simbólica contra aquela discriminação instalada em nossa região”, afirmou.