Bachelet diz que não aceitará pressão dos EUA sobre o Chile

“O Chile teve, tem e terá uma política externa autônoma e independente. O Chile já deu mostras no passado de que não aceita pressões de ninguém, e em meu governo isso não será diferente”, afirmou Bachelet.

As declarações da presidente chilena são uma resposta à pressão sofrida por sua secretária de Defesa, Vivianne Blanot, na última terça-feira, quando esta se encontrou, em Washington, com seu colega Donald Rumsfeld.

Na ocasião, o secretário de Defesa norte-americano deu a entender que o Chile poderá sofrer sanções caso não colabore com os Estados Unidos em duas questões: no ingresso da Venezuela como membro não-permanente do Conselho de Segurança das ONU e na ratificação do Tribunal Penal Internacional (TPI).

Discurso e prática

Apesar das fortes declarações de Bachelet, o Chile deve se manter sua política externa alinhada à dos Estados Unidos. No retorno a seu país, a secretária de Defesa afirmou que não pretende entrar em choque com os norte-americanos.

Blanot disse que o Chile irá ratificar o TPI e deu a entender que não apoiará a Venezuela em sua intenção de fazer parte do Conselho de Segurança da ONU. No entanto, ela afirmou que o país ainda não irá se manifestar oficialmente sobre o assunto.