Fontana quer que Serra deponha na CPI dos Sanguessugas

O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), defendeu nesta quarta-feira (2) que o ex-ministro da Saúde José Serra (PSDB) preste depoimento à CPI das Ambulâncias. A comissão investiga o esquema dos chamados sanguessugas. “O momento em que a

Fontana criticou os partidos de oposição, que tentam responsabilizar a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela máfia das ambulâncias. “Chega de brincadeira. Chega de desrespeito. Ontem (terça-feira) ouvi um deputado dizendo que tinha que investigar o ex-ministro Humberto Costa e o ministro Saraiva Felipe. Ora, mas foi na gestão do ex-ministro Humberto Costa que essa investigação foi feita. O ex-ministro merece aplauso pela investigação que fez. Ele detectou que as ambulâncias estavam sendo vendidas por preços diferenciados”, disse. Humberto Costa foi ministro da Saúde entre janeiro de 2003 e julho de 2005.



O líder petista ressaltou ainda que, em depoimento prestado à Justiça Federal, o empresário Luiz Antonio Vedoin, dono da empresa Planam, beneficiada pelo esquema, demonstrou “entrosamento” com a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Vimos a máfia das ambulâncias ser fundada e se estender durante o governo Fernando Henrique Cardoso, do PSDB e do PFL. O ministro era José Serra. Durante quatro anos, a máfia das ambulâncias operou livremente. O empresário Vedoin disse que entregava ambulâncias antes de receber o dinheiro. É a primeira vez que vi acontecer isso na gestão pública. Com o empenho da emenda, ele entregou ambulâncias na véspera da eleição. Inclusive, há notícias de que o ex-ministro José Serra tenha participado dos atos de entrega. Nada foi investigado durante aqueles anos em que a máfia das ambulâncias operou livremente”, afirmou.



Plenário – O deputado Henrique Fontana acredita que as votações no plenário da Câmara serão retomadas no esforço concentrado marcado para os dias 4, 5 e 6 de setembro. “No próximo esforço concentrado, vamos destrancar a pauta, votar todas as medidas provisórias, a lei geral da micro e pequena empresa, a Timemania, a mini-reforma tributária, que acaba com a guerra fiscal, e um conjunto de projetos que reajustam salários de servidores públicos federais de nosso país”, disse.