Para Jamil Murad, governo agiu bem ao liberar Medina

O deputado federal Jamil Murad (PCdoB-SP) afirmou nesta terça-feira que o governo brasileiro agiu corretamente ao libertar o padre colombiano Olivério Medina, após este ter passado os últimos 11 meses preso em Brasília.

''O asilo político a Olivério Medina segue uma tradição diplomática e foi uma atitude muito justa do governo brasileiro. As FARC são há mais de 40 anos uma força política revolucionária e não um agrupamento criminoso, como desejam os Estados Unidos'', afirmou o deputado comunista.



Medina foi solto no sábado (29/7), dez dias após o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) reconhecer sua condição de refugiado político. Ele corria o risco de ser extraditado para seu país de origem, onde o governo local o aguarda para julgá-lo pela acusação de ter participado de um ataque a uma unidade do Exército em 1991 e por suas ligações com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).



No Brasil, formou-se um grande movimento ao longo dos últimos meses para libertar Medina da cadeia e impedir que ele seja extraditado para a Colômbia. Segundo informações dos movimentos sociais colombianos, é grande a chance de o padre ser torturado e morto caso retorne a seu país de origem.



Prisão domiciliar



Apesar da libertação de Medina no último sábado, ele ainda se encontra em regime de prisão domiciliar – e, portanto, impedido de deixar o Brasil, salvo algum motivo excepcional.



O processo de extradição de Medina ainda não foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Existe a expectativa de que o caso será arquivado, mas qualquer decisão oficial só deve acontecer nas próximas semanas.



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Por Fernando Damasceno
da Redação