Tocantins, assunto nacional

O Tocantins foi objeto de matérias nos jornais de circulação nacional no fim de semana. A ação da Polícia Federal recuperando dinheiro roubado do Banco Central em Fortaleza; a avalição da disputa eleitoral (no Estadão), a especulação em torno da ida do se

Jornal do Tocantins


 


Agenda dos candidatos Marcelo Miranda (PMDB) anunciou em Porto Nacional que a indústria de biodiesel será instalada na cidade no dia 14 de dezembro. No domingo esteve em Colinas e Palmas. Siqueira Campos (PSDB) visitou Aguiarnópolis, Palmeiras do Tocantins, Darcinópolis e Wanderlândia; no domingo esteve em Novo Alegre, Combinado, Aurora e Taguatinga. Quintanilha  (PCdoB) e a Caravana da Mudança visitaram a região Norte do estado. Elísio (PSOL) fez caminhadas em Peixe, Almas, Porto Alegre e Dianápolis. Capitão Azevedo (PSDC) esteve em Aparecida do Rio Negro.


 


Auditoria no Tocantins A partir de segunda, a Corregedoria-Geral da União (CGU),  o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público Federal começam auditoria em 18 municípios do Tocantins, a partir da Capital, onde foram firmados quatro convênios com o Ministério da Saúde para a compra de Unidades Móveis de Saúde (UMS), entre 2000 e 2006. O “pente-fino” nacional será realizado 1,6 mil convênios, em 600 municípios, de 24 estados, nos meses de setembro e outubro, para apurar a existência ou não de irregularidades para a aquisição daqueles veículos e equipamentos. No Estado foram celebrados 27 convênios naquele período.


 


Impunidade eleitoral Pesquisa do Ibope mostra que 9% dos eleitores brasileiros receberam oferta para vender seus votos em 2004. Entretanto, poucos são os candidatos punidos por este tipo de crime eleitoral. No Tocantins, quatro processos dessa natureza, das últimas eleições, tramitam na Justiça. Apenas um candidato foi condenado com perda do mandato em primeira instância, mas recorreu e foi reconduzido ao cargo.


 


PF procura dinheiro do BC no Tocantins Como parte da Operação Toupeira, desencadeada pela interceptação do escavamento de um túnel em Porto Alegre na sexta-feira, a Polícia Federal (PF) está escavando uma fazenda em Pium, em busca de dinheiro do roubo de R$ 164 milhões ao Banco Central (BC) de Fortaleza no ano passado. Já confiscada pela Justiça, a fazenda teria sido comprada pelo grupo que comandou o assalto ao BC. Um homem foi detido ontem, em Miranorte, por ter o mesmo nome e a mesma documentação de um dos suspeitos do roubo milionário, enquanto a PF seguiu para Pium, onde ouviria outros cinco suspeitos.


 


Índios competem e vivem novos hábitos A presença de representantes de várias etnias nos Jogos Indígenas do Tocantins, que terminou sábado, na Praia do Prata, em Palmas, representou mudanças no cotidiano deles. Como aconteceu com o Xerente Damsõkekwa, que deixou esposa e filho na aldeia para competir.


 


Aluno especial ainda é desafio no TO Apesar de os 139 municípios tocantinenses já contarem com alunos especiais matriculados no ensino, segundo dados da Secretaria de Educação, a chamada educação inclusiva ainda é um desafio para o Tocantins. Segundo o censo escolar de 2005, das 445.821 crianças na rede formal, apenas 2.430 são especiais.


 


clebertoledo.com.br


 


PSTU com PSOL  Claudionor Miranda, integrante do núcleo de militantes pró-PSTU, afirma: “Aqui no Tocantins apoiamos as candidaturas do PSOL. Apesar de não existir a composição legal no TRE, pois o partido (PSTU) não é registrado no Estado”, atesta a nota, que garante não ter havido qualquer consulta de membro do PSTU para apoiar Siqueira. “Como fundador do PSTU, quero reafirmar que o nosso partido é a favor da construção da democracia dos trabalhadores e que é contra Siqueira Campos”.



Panfleto apócrifo contra Kátia Abreu A União do Tocantins e o senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB) emitiram nota de repúdio a um panfleto apócrifo contra Kátia Abreu (PFL), que está sendo distribuído por toda a Capital. Uma pessoa chegou a ser presa neste domingo por conta desse impresso. A UT classificou a distribuição do panfleto de “ação rasteira”, e diz que entende que “tal atitude é imoral e vergonhosa e prejudica o pleito em andamento”.


 


O Estado de S. Paulo


 


Tocantins vive sua primeira disputa de poder

 


Christiane Samarco 


 


Siqueira Campos, o 'pai' do Estado, disputa eleição contra o governador Miranda, seu ex-aliado


 


Às vésperas de completar sua maioridade, o Tocantins vive a primeira disputa real de poder nesta eleição. De um lado, a força política do quase octogenário Siqueira Campos (PSDB), autor da emenda que criou o Tocantins em 1988 e governador por três mandatos. Do outro, o governador Marcelo Miranda (PMDB), de 42 anos, um ex-aliado que Siqueira e seu grupo ajudaram a eleger e alçou vôo próprio em busca da reeleição.


A disputa ganhou as ruas, o horário eleitoral e os tribunais, com uma guerra de ações, em boa parte por abuso de poder econômico, nepotismo e uso da maquina de prefeituras ou do Estado. As pesquisas apontam empate técnico, com ligeira vantagem para Siqueira. Aliados dos dois candidatos acham que o futuro governador só deve ser definido no segundo turno, o que nunca ocorreu no Estado.


Tanta briga contaminou até a convivência entre os parceiros da coligação do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. No Tocantins, o mesmo PFL que ocupa a vice de Alckmin se associou a Miranda, que abriu palanque ao PT e pede votos para o presidente Lula. E o filho de Siqueira – o senador tucano Eduardo Siqueira – briga com a pefelista Kátia Abreu pela única vaga ao Senado.


“Estamos disputando contra um mito”, define um dos secretários do governo de Miranda, referindo-se a Siqueira, que é reconhecido por boa parte da população como uma espécie de pai do Tocantins. Não é o que dizem os partidários do tucano.


Eles argumentam que a força política do governador passa pelo aumento na faixa dos 80% dado ao funcionalismo, cuja média salarial saltou de R$ 1 mil para R$ 1,8 mil. Isso sem contar que, dos 50 mil servidores estaduais, 18 mil (36% do total) ocupam cargos em comissão, em diretorias e funções de confiança, todos sujeitos a demissão em caso de troca de comando.


Miranda também foi generoso com o próprio bolso. Quando deixou o cargo, Siqueira Campos ganhava R$ 6 mil. Três anos e meio depois, seu sucessor recebe R$ 28 mil. É o governador mais bem pago do País, com salário bem superior aos R$ 14 mil do paulista Cláudio Lembo.


Miranda costuma dizer que apenas cumpre a lei votada pela Assembléia Legislativa, que equiparou seu salário ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro de 2004. Não lembra que ele conta como seus os votos de 19 dos 24 deputados estaduais que compõem a base governista – e há apenas 2 deputados da oposição.


A questão do salário também pode levar a uma situação inédita. Como Miranda só corrigiu o valor em janeiro deste ano e parcelou os atrasados, se perder a eleição, continuará recebendo uma “mesada” do Estado de R$ 5 mil ao longo do ano que vem.


 


A FAVOR


 


Se o gasto com o funcionalismo aumentou, por outro lado a despesa com a folha de salários representa apenas 39% da receita corrente líquida estadual – o limite previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 60%. Estado novo, o Tocantins não tem grande número de funcionários inativos e, portanto, seus gastos com aposentados e pensionistas têm menor peso.


Investimentos são outro ponto forte de Miranda. São Paulo, por exemplo, arrecada 15 vezes mais, mas investiu apenas 5 vezes mais que o Tocantins no ano passado. Aliados garantem que boa parte do sucesso eleitoral do governador deve-se aos R$ 3 bilhões de investimentos nos últimos quatro anos. E isso sem dever um centavo à União.


 


Correio Braziliense


 


3/09/06


DENISE ROTHENBURG – Brasília DF


Vitaminado


O PMDB se prepara para abrir 2007 com o comando do Senado. E, por isso, antes mesmo da eleição terminar, já tem muita gente fazendo planos futuros. Espera-se, por exemplo, o ingresso no PMDB de todo o grupo do ex-presidente José Sarney como, Epitácio Cafeteira (PTB), candidato ao Senado com chances de vitória, e o senador Édson Lobão (MA). Também está no roteiro o retorno do senador Leomar Quintanilha, do Tocantins, hoje no PCdoB. Outra promessa de filiação é da ex-prefeita de Boa Vista Teresa Jucá, candidata ao Senado pelo PPS. A esses, acrescente-se um grupo de 30 deputados.


As mudanças rumo ao PMDB vêm sendo conversadas nos bastidores e têm uma razão muito simples: expectativa de poder no governo, um espaço que será maior para o partido se o presidente for Lula. E essa é a razão de muitos peemedebistas fazerem cara de paisagem para o tucano Geraldo Alckmin nesta altura do campeonato.


 


2/09/06


Briga em família O empresário José Wilson Siqueira Campos Júnior, 49 anos, pretende levar ao Ministério Público Federal (MPF), na semana que vem, documentos quem comprovariam fraudes e crimes cometidos nos últimos 32 anos por seu pai, o ex-governador Siqueira Campos (PSDB), favorito na disputa pelo governo do Tocantins. Siqueira Júnior quer provar que a declaração de bens apresentada pelo pai ao Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TER-TO), com patrimônio de apenas R$ 431 mil, não é verdadeira


Com cópias de certidões de imóveis, cheques, promissórias e um manuscrito do pai com a contabilidade milionária de uma das campanhas, o empresário garante ter como provar que o tucano teria construído um patrimônio de aproximadamente R% 50 milhões. Na declaração de rendimentos apresentada ao TER, o candidato do PSDB listou apenas uma casa de R$ 13 mil, além de outros bens.


O filho diz ainda que o pai se apropriou de terras públicas e que suas empresas, imóveis, Táxi Aéreo e fazendas teriam sido colocadas em nome de laranjas. Vai sugerir que o MPF investigue os primeiros donos das rádios, jornais e TVs, colocados em nome de filhos de motoristas e cozinheiros. O ex-governador foi procurado pela reportagem, mas não respondeu às denúncias.