Ibope desmente pesquisa que mostrava vantagem de Collor em AL

A pesquisa do Ibope publicada no dia 11 mostra como ficou a disputa por uma vaga para o Senado em Alagoas. Com a candidatura do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PRTB), que estreou nas pesquisas com 26% da preferência do eleitorado, o índice do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) caiu de 44% para 35% em relação ao levantamento feito em 21 de agosto. O deputado federal José Thomaz Nono (PFL) aparece em terceiro lugar, com 14%, enquanto Galba Novaes (PL) detém 6% das intenções de voto. José Maria (PAN) e Otavio Cabral (PSOL) ficaram com 1% cada. Já Armando Lobo (PTN), Dacal (PSDC) e Givaldi (PRTB) não alçaram 1%. Os votos brancos e nulos caíram de 10% para 6% e os eleitores que não sabiam ou não opinaram, de 19% para 11%. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um grau de confiança de 95%.

A pesquisa, realizada entre os dias 8 e 10 de setembro, com 812 eleitores de 35 municípios de Alagoas, foi encomendada pela TV Gazeta de Alagoas e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) sob o número 4289/2006.

No último domingo, o Jornal Gazeta de Alagoas, da família Collor, divulgou resultado de pesquisa de intenções de votos para os cargos de presidente, governador e senador, realizado pelo Instituto Gape nos dias 4 e 5 deste mês. Na disputa ao Senado, os números apontavam a liderança para Fernando Collor, que pontuou 36% contra 32% do candidato Ronaldo Lessa (PDT).

Por conta desta discrepância nos números, o advogado Adriano Soares, especialista em direito eleitoral, está ingressando hoje, na Justiça Eleitoral, com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), por abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação social, contra Collor, o Instituto Gazeta Pesquisa (Gape) e a TV Gazeta de Alagoas. As empresas pertencem à Organização Arnon de Mello (OAM), de propriedade da família de Collor.

Na Aije, o advogado pede ainda a inelegibilidade de Collor e também a proibição do Gape de atuar nas eleições deste ano “por fraudar o resultado de pesquisa em favor de seu proprietário. Na ação, Soares alega a existência de “sérios indícios de que o Gape publicou pesquisa fraudulenta”.

No entanto, na última segunda–feira a TV Gazeta divulgou números de uma pesquisa encomendada ao Ibope, porém só levou ao conhecimento do público os dados referentes à disputa presidencial e à sucessão estadual, omitindo os números para o Senado.

Por conta disso, o advogado Adriano Soares protocolou, na última terça–feira, requerimento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), solicitando informações e dados sobre as duas pesquisas Gape e Ibope. “E descobrimos que o Ibope foi contratado para realizar pesquisas para presidente, governador e senador e só não divulgou os números para o Senado, justamente porque os números são diferentes dos aferidos pelo Gape”, declarou Soares.

Ele acrescenta que está ingressando com a Aije por ter convicção de que a pesquisa Gape é “fraudulenta”.

Da redação