As propostas de Leomar Quintanilha

O Jornal de Tocantins deste dia 15 publicou a sabatina feita com o senador Leomar Quintanilha (PCdoB), candidato da coligação Mudança pra Valer (PCdoB/PT), onde ele conta sua trajetória política e suas propostas para o Tocantins. Está reproduzida na ínteg

Jornal do Tocantins


Agenda dos candidatos Marcelo Miranda (PMDB), fez caminhadas em Bom Jesus, Pedro Afonso e Tupirama. Hoje vai a Itaporã, Pequizeiro, Goianorte e Araguaína. Siqueira Campos (PSDB), visitou Conceição do Tocantins, São Salvador,  Jaú do Tocantis, Palmeirópolis e Paranã. Hoje estará em Natividade, Monte Santo, Bandeirantes, Nova Olinda e Colinas do Tocantins. Leomar Quintanilha (PCdoB)faz caminhada na região das Arnos e corpo-a-corpo na feira coberta da Vila União. Elísio (PSOL) visita residências em Palmas. Capitão Azevedo (PSDC) participa de programa de TV.


 


Raul pede renúncia de Leomar O prefeito de Palmas disse ontem esperar que o candidato ao Governo da coligação Mudança Pra Valer una força a Marcelo. “Mas ainda não está nada decidido. O meu voto está comprometido com Leomar Quintanilha e mesmo acreditando na sua força, acho difícil o seu crescimento a ponto de levar as eleições para um segundo turno”, disse o prefeito. A mudança de apoio poderia ser a causadora de um enfraquecimento do Partido dos Trabalhadores no Tocantins, conforme Raul Filho. “O PT pode sair prejudicado, mas é uma avaliação que poderá ser feita somente após as eleições”, analisa o prefeito. Raul avalia hoje que a decisão de desistir da candidatura de um petista ao Governo foi precipitada. O prefeito disse que se a candidatura petista tivesse sido sustentada até a convenção, hoje o PT teria, possivelmente, um nome mais forte na disputa eleitoral.


 


MPE x Siqueira O Ministério Público Eleitoral pedirá abertura de inquérito policial e a apuração de eventual falsidade na declaração de bens do candidato a governador pela União do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB). A investigação ficará a cargo da Polícia Federal. A decisão foi tomada ontem, após depoimento do empresário José Wilson Siqueira Campos Júnior, filho mais velho do candidato. O ex-governador declarou ter bens no valor de R$ 431 mil. Segundo Júnior, o patrimônio do candidato pode chegar a R$ 80 milhões, porque a maior parte estaria em nome de laranjas. Júnior entregou documentos para comprovar suas afirmações: “Têm documentos da televisão em nome de familiares meus”, afirmou, sem, contudo, mostrar tais certidões e contratos à imprensa, mas prometendo fazê-lo em breve. O ex-governador Siqueira Campos, por meio de sua assessoria, disse estar “absolutamente tranquilo” e “as pessoas envolvidas estão servindo de massa de manobra com fins eleitoreiros”. Ainda de acordo com a assessoria, “a Justiça vai provar que todas as denúncias são infundadas e estão servindo para denegrir Siqueira Campos, um homem honesto, íntegro e trabalhador”.


 


Ausências no debate da Ulbra As ausências de Marcelo Miranda e Siqueira Campos marcaram o debate promovido pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pelo Centro Acadêmico do curso de Direito do Ceulp/Ulbra. Os presentes no debate foram Elísio, Quintanilha  e Capitão Azevedo. Quintanilha aproveitou para dar uma alfinetada no atual Governador: “Eu também tenho duas agendas. Como senador da República, sou integrante da CPI das Ambulâncias e do Conselho de Ética.” E, como candidato, compareceu ao debate.


 


TCE considera ilegal dispensa de licitação O TCE considerou ilegal a dispensa de licitação para aquisição de passagens aéreas nacionais e internacionais. Os contratos foram firmados pelo Gabinete do Governador com a empresa Pereira Turismo Ltda, no valor de R$ 700 mil e posteriormente aditado em mais R$ 175 mil.


 


Divulgação de relatório adiada Por mais um vez a entrega oficial do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito  do Narcotráfico não aconteceu. O relatório, segundo os membros, pedirá ao Ministério Público Federal (MPF), à Polícia Federal e ao Ministério da Justiça a abertura de processo investigatório e o indiciamento de 50 pessoas.


 


Compensação ambiental As obras da Usina Hidrelétrica (UHE) de Estreito deverão ter início em abril do próximo ano. O diretor de meio ambiente do Consórcio Estreito Energia, construtora do empreendimento, Antônio Luiz de Abreu Jorge, revelou que a empresa solicitou ao Ibama a revisão da distribuição da compensação ambiental, que deixa apenas R$ 1 milhão para o Tocantins e R$ 3,735 milhões para o Maranhão, de um total de R$ 9,3 milhões. O restante dos recursos está destinado a áreas de preservação ambiental em MG, BA e MT.


 


Natividade obtém liminar contra demissão O Supremo Tribunal Federal deferiu liminar na Reclamação (RCL) 4592, ajuizada pelo município de Natividade. Com a decisão, fica suspenso o processo da Segunda Vara do Trabalho de Palmas contra o município, que fixou prazo de 60 dias para que todos os funcionários contratados sem concurso público sejam demitidos.


 


Correios sem greve Funcionários da ECT decidiram não realizar greve, mesmo não acatando a proposta apresentada pela empresa. Em outros sete estados a greve foi efetivada. A informação foi repassada pelo diretor do sindicato dos funcionários no Estado, Elicharme Gomes de Carvalho


clebertoledo.com.br


Governo rebate Osvaldo Mota A Secretaria Estadual de Educação rebateu as afirmações do candidato a primeiro suplente de senador da coligação Mudança pra Valer, Osvaldo Mota: “Com relação ao comentário do candidato a primeiro suplente de senado da coligação Mudança pra Valer Osvaldo Mota, divulgada no site Cleber Toledo, na quinta-feira, 14 de setembro, a Secretaria da Educação e Cultura esclarece que os diretores de escolas foram orientados a não fazerem campanha política dentro da instituição escolar, mas o diretor fora da escola como cidadão tem a liberdade de promover qualquer tipo de reunião. Eis um trecho da instrução aos servidores da Seduc. Ficam expressamente vedados aos Servidores Públicos lotados na Secretaria da Educação e Cultura do Estado do Tocantins: promover, no recinto da repartição, manifestação de apreço ou desapreço a candidato, partido político ou coligação. Palmas, 14 de setembro de 2006


 


Caravana de Lula A Caravana “Lula de Novo, com a Força do Povo”, nos dias 16 e 17, vai promover atividades políticas. 1 – Palmas – 08h, concentração praça da prefeitura; saída para Porto Nacional; Fátima; Chegada Paraíso (15h). Outros município da região (Ponte Alta, Silvanópolis, Monte do Carmo, Brejinho, etc) encontrar em Porto Nacional, na Praça do Centenário, às 11h. 2 – Gurupi – 9h, Concentração na av. Beira Rio. Seguir até Paraíso. Todos os municípios da região sul devem ser convidados (Dueré, Cariri, Figueirópolis, Sucupira, Peixe, Aliança, Crixas, etc). 3 – Guaraí – 8h – Saída para Paraíso. Reunir com Couto Magalhães, Miracema, Miranorte, Barrolândia, etc. 4 – Araguaína – 9h – 10h – Concentração Praça da Bandeira. Receber caravana de Colinas e dos demais municípios do entorno. Saída para Tocantinópolis e posteriormente para Cachoerimha, Axixá, Augustinópolis e Araguatins. Envolver todos os municípios do Bico. 5 – Dianópolis – 8h – Concentração praça Coronel Wolney. Indo até Natividade. Participação dos municípios de Rio da Conceição, Almas, etc.


Jornal do Tocantins – Sabatina Leomar Quintanilha


 


Leomar diz ter uma proposta alternativa


Confiança – Mesmo flutuando entre 1% e 2% nas pesquisas, o candidato do PCdoB ao Governo acredita que vai para o segundo turno nesta eleição


Célia Bretas Tahan, Andréa Reys e Fernanda Bruni, Palmas


O candidato da coligação Mudança Prá Valer, senador Leomar Quintanilha (PCdoB), mesmo flutuando nas pesquisa entre 1% e 2%, está confiante de que chegará ao segundo turno. O candidato se baseia em sua proposta, pois afirma que ele é quem oferece à população uma proposta alternativa. Segundo ele, os dois grupos que polarizam a campanha sempre estiveram unidos e governaram o Estado 14 anos dos 18 anos do Tocantins, frustrando a população em suas aspirações pessoais. “O desemprego elevado, a situação caótica do atendimento à saúde, o ensino de má qualidade, a demanda reprimida e acentuada por moradias são a resposta disso”, afirmou o candidato.


Por já ter integrado o grupo, mais precisamente a União do Tocantins, foi que Leomar decidiu ser candidato a governador. Contou que se preocupava com as prioridades da população, mas, na hora da adoção de políticas públicas, o planejamento era do governante. “Não tínhamos oportunidade de dar sugestões e isso nos desestimulava”, disse.


Eleito senador pelo PFL, Leomar passou pelo PMDB, de onde saiu porque “os dirigentes não mostravam segurança na convivência” com ele, e hoje, para surpresa de muitos, está no PCdoB. “No Tocantins, partido tem dono. Aliás, tem gente que é dona de mais de um partido. Então, fui buscar as possibilidades que me sobraram, uma sigla em que eu pudesse confiar.”


Com um discurso semelhante ao dos candidatos líderes nas pesquisas, Leomar garante que a diferença é que pretende pôr em prática o que eles nunca fizeram. Segundo o candidato, um (Siqueira) teve dez anos para resolver o problema do desemprego e o outro (Marcelo), quatro anos, e não o fizeram. Sobre o fato de a população ainda desconhecer sua proposta, Leomar diz que houve limitação na comunicação, porque só teve oportunidade de dizer que é candidato depois da convenção, enquanto os dois favoritos já tinham visibilidade e presença constantes na mídia.


Sobre o apoio que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria dado ao candidato Marcelo Miranda (PMDB), rebateu: “Vi o presidente pedindo voto para mim. Não o vi pedindo voto para outro candidato. O presidente gravou, espontaneamente, o pedido de voto a minha candidatura.”


Os atos dos movimentos de luta pela terra, como a depredação do Congresso e a destruição de uma área de uma empresa de pesquisa, também abordados durante a sabatina, não foram considerados um motivo de vergonha para o senador: “Tenho de procurar entender por que tomaram esse tipo de atitude, não me envergonhar deles.”


O candidato reprovou a existência de 23 mil cargos comissionados e disse que, se eleito, vai corrigir a situação. Sobre quantos cargos seriam necessários, explicou que cada área tem a sua demanda: “Se for muito grande, tem de resolver de outra forma, com concurso.” Quanto ao salário do governador, de R$ 28 mil, considerou “escandaloso”. Para ele, a Assembléia nunca poderia ter votado e o governador nunca poderia ter aceito.


Perfil


 


Leomar Quintanilha é nascido em Goiânia, tem 60 anos e é formado em Direito. Senador pelo PCdoB Leomar ocupa hoje uma vaga de senador pelo Tocantins, conquistada em 2002. Já foi deputado federal, secretário de Educação do Estado por duas vezes e concorreu à eleição de prefeito de Araguaína em 1982.


 


Propostas


 


Economia


De acordo com o candidato, seu Governo vai priorizar o cidadão. “Hoje, o dramalhão da sociedade tocantinense é o desemprego. O Estado tem que criar meios para que a economia ofereça as condições de abrigar essa mão-de-obra. Vamos adotar medidas por meio de um projeto factível, ao alcance do Estado implementar. Criar uma grande central de compras e distribuição no Estado. Para produzir com sucesso, tem que começar pelo consumidor, saber o que ele precisa. A central fará duas coisas importantes: o zoneamento agrícola do Estado e vai oferecer a assessoria técnica, a extensão rural, para levar o conhecimento tecnológico ao produtor, dando ele a garantia de produzir e vender”, disse


Quanto à vitalidade das empresas, Quintanilha disse que esse é o retrato das políticas públicas aplicadas no Estado. “O empresário enfrenta aqui uma burocracia exacerbada, uma política fiscal e tributária perversa e um mercado fragilizado. Eu já fiz uma análise superficial. O ingresso do dinheiro no Estado se faz da seguinte forma: o aporte mais forte são as transferências constitucionais e pagamento de pensões. Mas o dinheiro que vai para mão da população, para atender suas necessidades básicas, vai para fora. Vamos inverter esse fluxo”, afirmou.


Sobre a industrialização do Estado, Leomar disse que tem projetos de beneficiar o produto gerado no Tocantins. “Vamos estimular a industrialização do Estado, aproveitando insumos, matéria-prima que nós temos aqui, rica e que está indo embora, por um preço de quase nada e volta com um valor agregado para nós pagarmos ainda mais caro. Eu me refiro inclusive ao boi. Estamos ficando só com o berro do boi. O resto está indo embora por um preço aviltado. No meu governo o couro do boi vai virar botina, sapato, sandália”.


Leomar também tem como um de seus projetos de Governo, reduzir o valor da energia elétrica. “Vamos incrementar essa luta para a redução da tributação da energia. Se isso acontecer, o Estado do Tocantins e os estados produtores de energia vão passar a ter um recurso vultoso. Estou afirmando que vou reduzir e não é invencionice. O custo da energia gerada e produzida não é estabelecido pelas empresas e há diferencial no preço dos produtos”.


Habitação


Sobre habitação, Leomar afirmou que governante tem que entender quais são as prioridades da população. Ele afirma que é preciso fazer investimento maior nas prioridades. “Dos dez municípios mais pobres no País, cinco estão no Tocantins. Será que não falta um pouco de investimento, conhecer a realidade e promover um desenvolvimento estratégico nesses municípios para modificar esta realidade? É o caso das moradias”, alega Leomar. Para o candidato, é preciso atacar de frente o problema. “Tapar os ralos do Governo, enxugar contratações, diminuir gastos com aeronaves, com propaganda institucional, já é forma de alavancar recursos para resolver essa questão”, disse.


Educação


O candidato do PCdoB comentou sobre a criação da Universidade Estadual do Tocantins, durante sua gestão como Secretária de Educação. “Almejávamos a Federal que era para ser criada em seis meses, mas acabou acontecendo somente 13 anos depois. Nós não podíamos penalizar o povo e deixá-lo sem uma unidade de ensino superior que teve como escopo principal a implantação multi campi para formar, prioritariamente os nossos docentes da rede de ensino público do Estado”.


Leomar diz que não nega que a educação no Estado avançou, mas acha que ainda avançou pouco. “É preciso que o dinheiro da educação chegue na sala de aula para os dois mais importantes agentes da educação que são o professor e o aluno”. Acrescentou que irá valorizar o professor, e sobre o analfabetismo afirmou que precisa que o dinheiro chegue ao professor porque ele é humano. “Se for bem remunerado e tiver resultado esse problema vai acabar. A reformulação do ensino não passa só pelo ser humano, é preciso universalizar as grades curriculares”, destaca.


Cultura


Para o governadoriável, é preciso ocupar os jovens e os adolescentes com outras atividades saudáveis e importantes à sua vida. “A primeira é o ensino de qualidade, a segunda uma maior oportunidade laboral e depois a atividade cultural. Nós queremos sim que as pessoas participem de atividades literárias, que aprendam a pintar, a tocar um instrumento e tantas outras coisas. Isso não é um gasto, é um investimento”, diz. Para Quintanilha, as oportunidades, a reorganização cultural e desportiva são áreas em que os maiores estados da federação deveriam ter investido e não o fizeram. “Podemos ver aí o Rio de Janeiro e São Paulo que estão reféns da violência porque não investiram na formação do cidadão”, compara.


Esporte


O candidato ressaltou a importância da participação do municípios para a realização da prática desportiva. “Onde o município ajuda, o futebol cresce, por isso é importante que as prefeituras também participem desse processo”, argumenta. Quanto ao futebol amador, o candidato afirma ser fundamental. “É ele que alimenta o futebol profissional e dá oportunidade aos pernas de pau como eu para poder jogar. Nós não podemos fazer futebol e nenhuma outra modalidade esportiva só para aqueles que tem talento”, esclarece.


Leomar sugeriu, ainda, que se crie uma Universidade Estadual de Futebol para agregar a credibilidade da universidade. Isso alavancaria o setor de maneira extraordinária”, pontua.


Meio Ambiente


Com relação ao meio ambiente, Leomar Quintanilha diz que tem proposta de estruturar os órgãos ambientais do Estado, interagindo com órgãos federais. A idéia, segundo Leomar, é criar um canal permanente com o produtor rural, para que ele tenha acesso à legislação ambiental.


Sobre o lago formado com a construção da Usina Hidrelétrica de Lajeado, Leomar afirmou que é a favor de um fundo para a manutenção do lago. “Não conheço o fundo e nem quem seria o seu gestor e qual o objeto dele, mas eu entendo que é importante que haja recursos suficientes para a gestão ambiental no nosso Estado. Vamos fazer um esforço para que o aproveitamento do lago ocorra o mais rapidamente possível”, disse.
Segundo o candidato, a orla é um ponto turístico por excelência, mas não há turismo de massa. “O lago veio mudar a fisionomia do Estado. As praias fluviais são quase tão bonitas quanto as praias litorâneas. Tenho segurança de que é imperativo ampliar a praia à beira do lago, exatamente como forma de atrair, inclusive, o turismo interno”.


Saúde


O candidato do PC do B afirmou entender que o sistema de saúde deveria se amparar em uma rede de pontos de atendimento, que seriam postos ou hospitais de baixa média e alta complexidade. “Faríamos isso, distribuindo exatamente na mesma proporção, principalmente nas pequenas cidades porque a demanda das pequenas cidades é que esgota o atendimento nas grandes. Vou colocar postos de saúde em perfeito funcionamento em todas as cidades”, promete.


Quanto aos hospitais, Leomar determina que a primeira providência é reformar e depois disso é construir dois hospitais universitários. Devemos construí-los nas regiões Norte e Sul, onde serão desenvolvidas pesquisas tornando-os hospitais de referência. “Dinheiro para isso há sim. Aliás, dinheiro no mundo está sobrando, o que falta é criatividade e grandes projetos para isso”, aponta.


Segurança


Leomar Quintanilha falou sobre os profissionais de segurança que, para ele, precisam estar em constante treinamento. “Além disso, precisamos aprimorar os equipamentos, o sistema de comunicação. Mas reconheço que ainda preciso conhecer melhor as condições da polícia. Temos que analisar todas as estruturas tanto de trabalho quanto de pessoal porque o profissional tem que ter condições de defender o outro, desde que consiga defender a si mesmo”, enfatiza.


Quando questionado sobre a possível construção de um presídio federal no Estado, afirma que não gostaria que tivesse nada além do que já existe no Tocantins. “Mas sei que o Governo Federal tem necessidades. Precisaríamos conversasr muito para decidir, mas vou resistir enquanto puder”, esclarece.


 


Respostas às entidades


 


Central Única dos Trabalhadores (CUT-TO)
Qual política de compromisso com o servidor público, no sentido da valorização, de reconhecimento do profissional da área e que política pretende implantar para viabilizar a economia do Tocantins através dos pequenos trabalhadores rurais?


Quero corrigir as distorções. É possível desenvolver economicamente o Estado e simultaneamente cuidar das pessoas, das necessidades básicas – saúde, educação e do emprego. A burocracia precisa ser valorizada, com uma gestão de recursos humanos inteligente. É necessário desenvolver um plano de carreira que estimule o desenvolvimento individual, que o funcionário tenha interesse em crescer na carreira, com uma remuneração compatível. Por isso Estado deve ter uma máquina enxuta, sem cabide de emprego. Isso é possível e deve ser feito. O agricultor de pequeno porte não pode ser massacrado pelos grandes. É importante que ele se agregue em associações, cooperativas, para aproveitar os novos conceitos tecnológicos e oportunidades de mercado. O Estado é elemento indutor. O Estado precisa oferecer infra-estrutura necessária para incrementar atividade e facilitar o escoamento.


Federação da Agricultura do Estado do Tocantins (Faet)
Qual a contribuição direta que o seu governo destinará para a pesquisa, visando a validação das culturas adaptadas ao Tocantins, bem como para o aumento da produção e a agregação de valor a ela?


Temos todas as condições climáticas e de solo. É importante juntar a vontade do produtor e permitir o acesso ao crédito, oportuno e suficiente. O Estado perdeu a capacidade de produção. Compramos produtos de fora, como o arroz, e temos condições de produzir, com apoio principalmente aos pequenos produtores. Precisamos juntar a vontade do nosso agricultor e novas tecnologias. A Embrapa causou uma verdadeira revolução. Mas é dever do Estado participar. Cadê a nossa fundação de pesquisa? Por que não temos funcionando uma no Estado, para interagir com cientistas daqui mesmo? Temos mais de 200 doutores que estão com a atividade restrita à atividade pedagógica e querem dar uma contribuição à pesquisa. Vamos incrementar a secretaria de Ciência e Tecnologia, vamos implantar e fazer funcionar a fundação de pesquisas para promover essa interação.


Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto)
Já existe um projeto de governo com estratégias definidas para a captação de recursos, instalação de novas indústrias e geração de emprego e renda para a população em seu governo?


Não. De propósito. Isso é muito importante e nossa coligação pretende fazer um trabalho interativo com os segmentos. Quero ouvir a opinião deles, para que o Estado construa um plano de desenvolvimento estratégico e sustentável mais ajustado a nossa realidade e mais próximo às necessidades da população. É por isso que nosso plano ainda não está fechado.


Federação das Associações Comerciais e Industriais do Tocantins (Faciet)
Qual a medida que seu governo vai tomar para baixar os juros e dar acesso ao crédito aos micro e pequenos empresários, para que estes possam gerar emprego e renda?


O Estado não tem agente financeiro, não tem banco, a não ser esse projeto social. Mas o Estado tem poder de fogo. Ele é um cliente em potencial dos bancos brasileiros. O orçamento hoje gravita em torno dos R$ 2,8 bilhões. Por que não o Estado não exige uma compensação dos bancos no atendimento do seu setor produtivo? Podemos trabalhar nessa direção.


Federação Tocantinense de Desportos Aquáticos (FTDA)
Qual é sua proposta no sentido de estruturar os segmentos esportivos de modo que as federações consigam revelar e manter os valores que surgem no Estado, além de como será a aplicação da lei de incentivo fiscal nacional e se haverá possibilidade de criar a bolsa atleta no Tocantins?


A Federação já compreende o meu sentimento com relação ao esporte, já que presido a Federação Tocantinense de Futebol. Percebo que o esporte é algo para o cidadão muito mais importante do que uma simples atividade de lazer. O esporte influencia muito na formação do caráter, no convívio social. E vai merecer dedicação especial no meu governo.


Núcleo de Estudos Ambientais (Neamb) da Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Como compatibilizar as questões ambientais com a questões de desenvolvimento do Estado: considerando que o desenvolvimento e a preservação ambiental muitas vezes apresentam relação conflitante?


Há uma necessidade de conjugação do espírito desenvolvimentista com o espírito ambientalista. Um não deve ser contra o outro. O ambientalista tem que orientar o desenvolvimentista a promover o desenvolvimento sem destruir, sem erodir e sem depredar o meio ambiente. Não tenho proposta formalizada, ainda, nessa direção. Mas o estado já tem um zoneamento agro-ecológico. É preciso aprimorá-lo e incrementá-lo.


Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Tocantins (Sintet-TO)
Como pretende aplicar as políticas públicas voltadas para a setor, de modo que estas sejam políticas de Estado e não de Governo e garantam que os recursos constitucionalmente definidos sejam realmente aplicados na educação?


Sou contra a vinculação de verbas porque isso engessa a administração e dificulta que se tenha mobilidade de recursos, via de regra, estreitos, restritos. Mas no meu governo haverá prioridade absoluta para a educação. Eu tenho origens ligadas à educação. Eu fui o primeiro secretário de educação do Estado. No primeiro ano do Estado, o compromisso maior era colocar o sistema educacional para funcionar, e isso nós fizemos.


Centro de Direitos Humanos (CDH)
Diante da situação das crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, em conflito com a lei, que políticas públicas tem para a assistência jurídica, educacional e assistência social de um modo geral?


Eu volto a falar na rede de proteção ao cidadão. As cidades não oferecem uma opção de lazer educativa, edificante. Há somente bares que estão sempre em contato muito próximo com questões como drogas, criminalidade e prostituição. O que o governante precisa entender que cuidar do cidadão é prioridade do Estado.


Movimento Nacional de Luta Pela Moradia (MNLM)
Que proposta o candidato tem para resolver o déficit habitacional de 75 mil famílias no Estado e se pode ser executada no centro das cidades, já que programas habitacionais conhecidos hoje foram instalados nas margens das cidades?


Essa solução implica num custo adicional do imóvel onde vai ser implantado. Não tenho conhecimento dos casos específicos, mas a avaliação que eu faço é que o administrador tem feito os núcleos habitacionais um pouco mais distante por não ter disponível no centro da cidade os imóveis necessários.


Diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado do Tocantins (Simed-TO)
Quais os planos de valorização dos servidores do setor para dinamizar o atendimento e ainda que proposta tem para o Plansaúde ?


A saúde é um bem muito precioso do cidadão. O profissional da saúde precisa ser valorizado, precisa ter satisfação em exercer a sua profissão. É preciso humanizar a saúde. Quando o doente vai ao hospital ele já está moralmente abatido. E se não encontrar um atendimento solidário, pode até contribuir para piorar o estado de saúde dele. Mas precisamos ver o outro lado. O lado das condições que o profissional enfrenta. Vejo a saúde daqui como caótica.


Conselho Municipal de Cultura de Palmas
A cultura ainda não faz parte do planejamento estratégico de desenvolvimento do Estado. E muito menos faz parte dos planos de governo até então apresentado pelos candidatos. Por quê? Qual é o pensamento do senhor para área cultural?


No meu faz. O Conselho não conhece o meu plano de Governo. Não se pode generalizar que não faz parte. Eu ainda não divulguei meu plano de Governo, mas eu quero que o Conselho participe porque eu dou uma importância muito grande para a cultura. E quando eu falo em rede de proteção para a formação do cidadão, a cultura tem uma participação muito importante.