Em São Luís, sátira política é explorada em 
teatro estudantil

Uma crítica ao processo político brasileiro. Este é o teor
da peça “A Lei e o Rei”, texto da carioca Tereza Frota, que o grupo de teatro do Instituto Farina vai apresentar a partir de outubro, em várias escolas de São Luís, públicas e particulares. A

Uma análise crítica sobre o processo político brasileiro. Este é o teor
da peça “A Lei e o Rei”, texto da carioca Tereza Frota, que o grupo de teatro do Instituto Farina vai apresentar a partir de outubro, em várias escolas de São Luís, públicas e particulares. A pré-estréia da montagem acontece dia 30, às 17h, no auditório da escola localizada no Filipinho.
Ao todo, 13 alunos de 5ª a 8ª séries estarão no palco contando a história de uma família que conquista o poder, prometendo significativas mudanças na conduta política local, mas termina por reproduzir o mesmo comportamento corrupto do reinado anterior. “A peça é uma divertida sátira, que pode ser aplicada à política brasileira. É um texto bastante oportuno para o momento das eleições”, disse o professor de artes cênicas do Instituto Farina, Jorge Milton, que coordena e dirige o grupo.
Ele enfatizou que a história se passa num local desconhecido e num tempo indeterminado, mas o teor é totalmente atual. Além disso, o texto possui uma linguagem contemporânea, apropriada para a adolescência. “Embora o espetáculo trate de forma cômica o continuísmo político, o molde é leve e sutil”, completou.
Com cinco anos de existência, o grupo de teatro do Instituto Farina vai participar com A Lei e o Rei, do Festival Maranhense de Teatro Estudantil, que acontece em novembro.
Jorge Milton comentou que o exercício teatral nas escolas tem o objetivo principal de desenvolver a personalidade dos jovens, principalmente, a auto-estima, deixando os dons artísticos em outro plano. “O teatro é um grande aliado da educação. Com a revisão dos parâmetros curriculares, a arte voltou a ganhar destaque. Hoje, podemos utilizar as interdisciplinares em trabalhos interdisciplinares. O aluno passa a se sentir mais útil, sendo construtor de conhecimento”, ressaltou.
A aluna da 6ª série Thaynara Silva, 13, é uma das integrantes do grupo de teatro do Instituto Farina. Ela começou a trabalhar com o grupo há três anos e já ganhou o prêmio de melhor atriz revelação num festival interno do colégio. “Através do teatro ganhei mais estimula para superar as dificuldades do dia-a-dia”.
Opinião semelhante teve a estudante Sara Gonçalves, 14, que cursa a 8ª série do Instituto Farina. “Antes, eu era muito tímida. O teatro ajudou a despertar a minha expressividade. Passei a me comunicar melhor. Hoje, tenho segurança quando vou apresentar um trabalho em sala de aula”, concluiu.