Brasil lidera bloco de rejeição à proposta de reforma do FMI

Brasil, Argentina, Índia e Egito pediram neste sábado (16/9) a suspensão do atual projeto de reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), em um comunicado conjunto divulgado em Cingapura às vésperas da reunião anual da instituição.

Os quatro países anunciaram oposição a um projeto de reforma que consideram “opaco e defeituoso”, que deve dar mais peso à China, ao México, à Coréia do Sul e à Turquia dentro do FMI.



“Acreditamos que é preciso suspender o atual processo e que se deva fazer um verdadeira tentativa de elaborar uma fórmula simples e transparente que reflita realmente a posição econômica dos países, que proteja ao mesmo tempo a posição dos países menos desenvolvidos”, afirma o comunicado.



O ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, apoiado pela colega argentina, Felisa Miceli, advertiu que a eventual aprovação do atual projeto de reforma do FMI abriria uma crise de representatividade da instituição, por causa da oposição de vários países em desenvolvimento.



“A aprovação de uma reforma com tantos países contrários abriria uma crise de representatividade do Fundo”, afirmou o ministro, após a divulgação do comunicado conjunto exigindo a suspensão do projeto de reforma.



Os quatro países em desenvolvimento que assinam o documento não contam com os votos necessários para impedir a aprovação da reforma pelos diretores do Fundo. As mudanças devem ser adotadas na reunião anual da instituição, que acontecerá terça-feira e quarta-feira em Cingapura.