Mercadante repudia dossiê e pede rápida apuração dos fatos

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, reagiu com indignação às tentativas de envolvimento de sua campanha com a prisão dos suspeitos em negociar um dossiê com informações contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.

“Eu espero que tudo seja apurado, porque a minha campanha estava em seu melhor momento, com um pé no segundo turno. E agora eu tenho que explicar uma situação como essa, que é totalmente incompatível com os meus valores e com a história que nós construímos nesse país”, afirmou.



Mercadante também repudiou a possibilidade de utilização eleitoral desse dossiê. “Quero reafirmar que repudio qualquer ato dessa natureza. Compra de dossiê em campanha eleitoral é uma coisa da qual o PT sempre foi vítima e jamais participou. Basta lembrar do dossiê Cayman, que atacava FHC e o PSDB: nós nunca nos associamos aquele tipo de prática”, disse.



Dossiê
O material mostra Serra em maio de 2001, então ministro da Saúde, participando da entrega de 41 ambulâncias em Cuiabá (MT). Esses veículos, pagos com verbas federais, foram vendidos a municípios pela máfia dos sanguessugas.



Há ainda uma foto, sem data, em que o candidato a presidente pelo PSDB, Geraldo Alckmin, aparece cumprimentando uma pessoa identificada pela PF como Sinomar Martins Camargo, representante da empresa Santa Maria, que pertencia aos sanguessugas e fornecia ambulâncias. Serra e Alckmin negam envolvimento com os sanguessugas e falam de armação eleitoral.



Mercadante também disse que confia no trabalho de investigação da Polícia Federal.  Trata-se de uma instituição que dá tranqüilidade a todo o país, que vai apurar com todo o rigor e profundidade essa denúncia e também as outras denúncias que apareceram no período e chegar a todos os responsáveis”, finalizou.