Dieese divulga estudo sobre jovens e mercado de trabalho

O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos — Dieese — elaborou estudo sobre a inserção dos jovens nos mercados de trabalho de seis regiões metropolitanas: São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte e Di

Em geral, o jovem ocupado é do sexo masculino, possui ensino médio completo, tem dificuldade de conciliar trabalho e estudo, desenvolve suas atividades no setor de serviços, cumpre uma extensa jornada de trabalho (acima de 39 horas em todas as regiões analisadas), é assalariado e tem carteira de trabalho assinada.


 


Trabalho é difícil de achar


 


Apesar da grande presença na força de trabalho, mais de um quarto dos jovens de 16 a 24 anos enfrenta dificuldades para encontrar trabalho. O rendimento é muito variável, situado entre um e dois salários mínimos. É clara a influência da condição de renda da família sobre o perfil ocupacional dos jovens.


 


A partir dessa constatação, o Dieese aponta a importância da elaboração de políticas públicas que promovam uma melhor distribuição da renda e busquem o equilíbrio entre a formação escolar e profissional e a inserção do jovem no mercado de trabalho.


 


Recife trabalha 44 horas


 


Em 2005, a jornada de trabalho média semanal foi muito alta para o conjunto dos jovens ocupados, principalmente, ao se considerar a possibilidade de conciliar trabalho e estudo. Em Belo Horizonte se registrou a menor jornada média semanal (39 horas).


 


A maior jornada média semanal de trabalho para os jovens ocupados foi de 44 horas, em Recife – no limite da jornada máxima legal no Brasil. Outras regiões registraram jornadas médias semanais intermediárias entre esses dois limites: 40 horas em Salvador, 41 horas em São Paulo e no Distrito Federal e 42 horas em Porto Alegre.