Para Chávez, Conselho de Segurança da ONU é uma ditadura

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, candidato a um assento não-permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), criticou o que considera uma “ditadura” instalada na entidade, antecipando as discussões da Assembléia Geral da

As críticas foram feitas durante a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, à Venezuela. “Ainda que a Assembléia Geral (da ONU) aprove o programa nuclear do Irã, valerá o voto ditatorial dos Estados Unidos, com o poder de veto, para impor sua decisão. Se trata de uma ditadura mundial”, afirmou Chávez, durante a coletiva de imprensa.



As críticas às Nações Unidas e a seu controle por parte do governo de Washington encerraram a visita de Ahmadinejad, que conta com o apoio de Chávez a seu programa de energia nuclear.



Obstáculos
“Nosso programa nuclear está bastante claro e transparente. Os informes da Agência (Internacional de Energia Atômica) confirmam a pureza de nossas atividades (…) Estamos dispostos a negociar com todos”, disse Ahmadinejad durante a mesma entrevista em Caracas.



“Os que se negam a apoiar nosso programa querem ser um obstáculo para o desenvolvimento de nossos povos”, afirmou o presidente iraniano, minutos antes de sua viagem à Nova York, onde deve defender seu programa de enriquecimento de urânio durante a assembléia da ONU.



Ahmadinejad condenou o “mau uso” da força nuclear e defendeu o direito dos povos de tomarem suas próprias decisões. O presidente iraniano recebeu o apoio imediato do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.



Para Chávez, as pressões norte-americanas para que o Irã abandone seu programa nuclear são “injustas, imorais e cínicas”. O presidente venezuelano afirma que os EUA, que “não apenas possuem, mas já lançaram bombas nucleares”, não estão em posição “moral de condenar” nenhum país.