Lula promete vencer no 1º turno no “dia da onça beber água”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu neste domingo (24), em Sorocaba, que vai vencer no primeiro turno. “Eu nunca falei de primeiro turno porque tenho pé no chão e tenho modéstia. Mas agora vou dizer: nós vamos ganhar esta eleição domingo. Quem

Foi a primeira vez que Lula falou em vencer no primeiro turno, embora correligionários e ministros já tivessem levantado a hipótese. Oito mil pessoas compareceram ao comício na Praça Coronel Fernando Prestes, centro de Sorocaba, 600 mil habitantes, a 90 km de São Paulo. Lula voltou a pedir que o povo se mobilize pela vitória. Vamos todo mundo para a rua e vamos ganhar esta eleição no primeiro turno”, disse.



“Disputa do povo contra a elite”



O discurso do candidato à reeleição voltou a colocar ênfase na polarização social que a eleição encerra.  Lula disse que esta não é uma disputa de candidato contra candidato, mas uma disputa do povo trabalhador contra contra uma elite aristocrata que manda nesse país desde que Cabral chegou. É isso o que está em jogo nesse momento. Às seis horas da tarde de domingo, meu coração vai estar batendo junto com o coração do povo, esperando a vitória”, disse ele.



O presidente reafirmou que os ataques da oposição não serão suficientes para barrar sua reeleição. Para ele, não será o que classificou como “insanidade” de alguns membros do partido que irá comprometer a avaliação que a população faz de seu governo.



Um catador de papel como exemplo



Logo no início de sua fala, Lula pegou pela mão um catador de papel e o levou para a frente do palanque, como símbolo da mudança que se operou no país em seu governo. “Quando um catador de papel estaria num palanque com um presidente? Em outros tempos estaria preso por chegar perto de um presidente. E hoje eles estão aqui porque são brasileiros e trabalhadores, apesar de muita gente não querer enxergar”, afirmou.



“Eles podem ter lido mais livros do que eu, mas não conseguem enxergar a alma do povo como eu enxergo. Eles se curvarão diante do povo, deste povo que está aqui porque tem consciência, crença e vontade política de mudar este país”, completou o presidente.



Lula advertiu que o ódio da oposição não é contra ele, mas sim contra tudo o que está sendo feito hoje no Brasil, em especial a redução das desigualdades. Citou como exemplos o reajuste acima da inflação para os trabalhadores, a abertura de crédito para os pobres, a inclusão bancária, as farmácias populares e o Bolsa Família. Também lembrou que o ProUni já permitiu que 204 mil jovens carentes chegassem à universidade.



Mercadante enfatiza a segurança



Antes do presidente discursou o senador Aloizio Mercadante, candidato a governador paulista pelo PT-PCdoB, que fez um resumo de seu programa de governo, destacando investimentos em saúde e educação. Mercadante comparou a administração Lula com o atual governo de São Paulo na área de segurança. “As polícias civil e militar do Estado estão sucateadas, abandonadas. Já a Polícia Federal está equipada e trabalhando”, afirmou.



Também falaram o candidato ao Senado, Eduardo Suplicy, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy e o prefeito do município de Porto Feliz, Cláudio Mafei.



Com agências