Rússia denuncia provocação de governo georgiano

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou hoje (28/9) que a última ação do governo da Geórgia “beira às raias da provocação”. O diplomata disse que “essa aberta política anti russa deve ser analisada em instâncias internacionais

Após dizer que estava profundamente preocupado com a detenção de militares russos que estavam em serviço na Geórgia, Lavrov disse que essa medida representava uma “nova provocação” por parte de Tblisi.


 


Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (28/9), o ministro disse que essa medida só pode ser compreendida como uma expressão de política anti russa, o que seria suficiente para que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tomasse providências a respeito.


 


O diplomata recordou que, nos próximos dias, o organismo debaterá uma resolução sobre o conflito entre Geórgia e Abkhazia, e a Rússia insistirá que deve ser avaliada de maneira muito séria a posição de ruptura por parte da Geórgia, em relação à violação de seus compromissos.


 


“Está evidente que essa nova provocação e os anúncios de Tblisi, sobre o desfiladeiro de Kódor, acontecem poucos dias depois que a Otan aprovou um plano de medidas para 'aprofundar os laços' com  a Geórgia.


 



Em sua opinião, o problema também deve ser considerado pela Organização de Cooperação e Segurança da Europa (OCSE), já que esta organização acompanhou de perto o problema da existência das bases militares russas nesse país.


 


“Exigimos a imediata entrega de nossos cidadãos e vamos conseguir isso usando todos os meios que dispomos”, sentenciou o chefe da diplomacia russa, entrevistado na região sul das ilhas Sakhalinas, onde está participando de um fórum internacional sobre petróleo e gás.


 


“A Rússia obterá não só a libertação de seus militares como também chegará a importantes conclusões sobre a atual linha política praticada pela administração georgiana”, sublinhou Lavrov.


 


De acordo com diversas fontes, são seis os militares aprisionados pelos organismos de espionagem do governo georgiano, que mantém os presos em isolamento total.


 


A polícia georgiana deixou ontem à noite de cercar o edifício onde está situado o Estado Maior do Grupo de Tropas Russas da Transcaucásia, após prender outros dois oficiais suspeitos de espionagem nos arredores do edifício.