Bush omite ação da resistência contra americanos no Iraque

A administração Bush está omitindo a ação da resistência contra as tropas de ocupação americanas no Iraque, e a situação no país está piorando, apesar das alegações de “progresso” feitas pela Casa branca e Pentágono. A informação é do novo livro do jornal

“Está chegando ao ponto em que há 800, 900 ataques por semana. Isso é mais do que 100 por dia. São quatro ataques por hora contra as nossas forças”, afirma o jornalista.


 


Ataques da resistência contra as tropas da coalizão de ocupação liderada pelos EUA ocorreram, em média, a cada 15 minutos, disse Woodward em entrevista ao programa “60 minutes”, da rede CBS, que será levado ao ar no domingo, antes do lançamento de seu livro sobre a administração Bush, denominado “State of Denial”, ainda sem tradução mas que pode ser entendido como “Estado da Negação”.


 


“A avaliação feita por analistas da inteligência é de que no próximo ano a situação irá piorar e, em público, o que o presidente Bush e o Pentágono afirmam é que as coisas estão melhorando, acrescentou Woodward.


 


Nesta semana Bush censurou a íntegra de um relatório da espionagem americana, denominado Estimativa Nacional da Inteligência, permitindo a publicação de pequenos trechos dele. O relatório afirma que os EUA estão mais sujeitos agora ao terrorismo que antes da invasão de Afeganistão e Iraque.


 


Woodward diz também no livro que Bush e seu vice, Dick Cheney, mantiveram alguns encontros com Henry Kissinger para pedir ajuda. Kissinger foi o assessor nacional para assuntos de Segurança do presidente Richard Nixon, e secretário de Estado durante a guerra do Vietnã.


 


A reportagem de Woodward e de seu colega do Washington Post, Carl Bernstein, teve um papel fundamental na exposição do escândalo Watergate, que forçou Nixon a renunciar em 1974.