Cientista político avalia que Lula deve consolidar vantagem

“A não ser que ocorra um novo desastre petista (numa referência ao escândalo do dossiê Vedoin, ocorrido na reta final do primeiro turno), o presidente Lula deverá manter a liderança na corrida ao Palácio do Planalto, principalmente pelo pouco tempo que Alckmin dispõe para reverter a vantagem do adversário”, frisou.

 
Na avaliação do professor, o estilo “Mike Tyson” que Alckmin adotou no debate do último domingo pode ter sido muito bem recebido pelo seu eleitorado, mas as pesquisas mostram que o efeito foi contrário na parcela indecisa do eleitorado e naqueles que votaram nos presidenciáveis do PSOL, Heloisa Helena, e do PDT, Cristovam Buarque, no primeiro turno.

 
“Não podemos esquecer que apesar de descontentes com os escândalos que atingiram o governo do PT, os eleitores de Heloisa Helena e de Buarque são notadamente de esquerda e tiveram uma ligação histórica com Lula. Portanto, não devem ter se sentido confortáveis com a postura agressiva do tucano com relação
ao presidente”, afirmou.

 
Fábio Wanderley acredita que, neste ponto da campanha, será muito difícil para Alckmin adotar uma outra postura que não seja essa mais aguerrida e contundente. “Ele (o tucano) não tem outro caminho, mas sua tarefa é difícil porque ele precisa reverter, em poucos dias, a vantagem de Lula e precisa encontrar o tom adequado para as críticas para não parecer autoritário e arrogante”.

 
O cientista político avalia, ainda, que Alckmin saiu em vantagem para a disputa deste segundo turno, sobretudo pelo fato de ter conseguido levar a disputa presidencial para mais um round, mas esbarrou em uma agenda negativa logo nos primeiros dias, como por exemplo o apoio do casal Garotinho.

Com agências