Bolsas incentivam estudantes para a prática esportiva  


Nas Olimpíadas Escolares-JEBs o investimento das escolas particulares em atletas aumenta a cada competição. Na atual edição do evento, que está sendo realizada em Brasília entre os dias 6 e 15 de outubro, times completos têm o incentivo de estudar

Uma das equipes que concede bolsa para todas as atletas é o colégio representante de Santa Catarina, Barão do Rio Branco, de Blumenau. A responsável pela implantação do projeto foi a professora Lizane Vieira, que chegou na escola em 1992 para a disputa das Olimpíadas Nacionais das Escolas Evangélicas (ONASE) e sugeriu à direção que fossem concedidas sete bolsas para a formação do elenco. A idéia foi acatada e o resultado foi o segundo lugar na competição. “Isso estimulou a escola a conceder mais bolsas para atletas e nessas Olimpíadas Escolares-JEBs 2006, a escola trouxe três equipes: basquete feminino, masculino e vôlei feminino”, destaca.


 


Lizane espera que suas atletas continuem no caminho do esporte, mas caso isso não aconteça, ela se sente satisfeita por ter contribuído de alguma forma. “O nosso trabalho traz grande satisfação. Espero que elas sigam o caminho esportivo, mas se não der certo, elas estão bem encaminhadas e vão seguir uma carreira de sucesso” afirma.


 


Atenção



Como o ritmo dos atletas é diferenciado, o colégio preparou uma política especial para eles. Entre as ações de atenção estão aulas de reforço, salas exclusivas e apoio dos coordenadores, que acompanham o desempenho escolar dos atletas.


 


Uma das atletas da escola, Rafaela Giacomozzi, morou 11 anos na Bolívia acompanhando os pais e praticava basquete naquele país. Quando retornou ao Brasil, no ano passado, estudava em uma escola da rede municipal de ensino de Blumenau e foi convidada para estudar no Colégio Barão do Rio Branco com bolsa integral. O convite, segundo ela, foi surpreendente. “Na Bolívia eles não davam importância para o basquete. Quando cheguei no Brasil, em menos de um mês me convidaram para estudar em uma escola particular com o incentivo da bolsa. Isso é muito bom para o esporte e para a educação”, diz.


 


A jovem atleta, de 16 anos, não sabe se vai querer adotar o basquete como profissão, mas afirma que vai aproveitar o esporte para ter uma formação universitária. “Ainda não sei o que quero cursar, mas, com certeza, vou trabalhar para que o basquete me ajude na minha formação profissional”, afirma.


 


Outro atleta bolsista é João Victor, estudante do Santa Mônica Centro Educacional, do Rio de Janeiro. Esse é o terceiro ano em que recebe bolsa integral para estudar e jogar basquete.


 



O esporte está no sangue de João Victor. Praticante desde os oito anos de idade, foi convidado para entrar na escola pelo treinador Marcelo Bunte. O jovem de 17 anos acha importante o acompanhamento que a escola faz com os atletas, e destaca que para jogar é preciso ter boas notas. “Com essa medida da escola eu tenho mais estímulo para estudar”, afirma.


 


Caso o sonho de ser jogador profissional, não se realize, ele sabe que a escola abriu um leque de oportunidades e pretende cursar uma faculdade que tenha ligação com o esporte. “Se não for possível ser jogador, quero ser fisioterapeuta, professor de educação física, ou outra profissão ligada ao esporte”, planeja. 


 


Fonte: Ministério do Esporte