Metalúrgicos entram em estado de greve

“Se os patrões não apresentarem uma proposta que atenda à nossa categoria, iremos à greve”. A advertência foi feita pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Maurício Ramos, no dia 16. Como preparação, os metalúrgicos já estão em es

“Vamos parar, no dia 16, a Eletromar e realizar assembléias na porta de todas as fábricas, discutindo com os trabalhadores a necessidade de construir a nossa greve, que virá, caso a Firjan não apresente uma proposta decente”, afirmou Maurício Ramos. A decisão sobre a greve será tomada em uma nova assembléia, a ser marcada, provavelmente, para o dia 26 deste mês.


                                                         


Nova proposta é rebaixada


 


Devido à intensificação das mobilizações, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), subiu de 2% para 3% o índice de reajuste proposto aos metalúrgicos. O que, na avaliação do presidente do Sindicato, não resolve nada. “Ainda é uma proposta rebaixada que fica muito aquém dos 13,9% que reivindicamos”, avaliou.


 


Maurício lembrou que, além do índice rebaixado, a Firjan nega todas as cláusulas sociais e previdenciárias e rejeita a reivindicação da categoria de fixação de pisos salariais. “Nós do Rio somos os únicos metalúrgicos do estado que ainda não temos piso salarial definido para profissionais e ajudantes, o que é um verdadeiro absurdo e uma mostra da intransigência e do desrespeito patronal”, explicou.


 


Além dos 13,9% de aumento (perdas salariais de um ano, mais aumento real e produtividade), os metalúrgicos querem piso salarial de R$ 1.254,33 e PLR. E a redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário e o fim do assédio sexual e do assédio moral.