Israel detém jovem comunista que não quis servir exército

Um membro da Juventude Comunista israelense, de Tel Aviv, Omri Evron, foi sentenciado no último domingo a passar 14 dias em uma solitária, por  ter se negado a servir o exército de ocupação. Ao final do breve julgamento, foi enviado a uma prisão mili

Momentos antes do início do julgamento, dezenas de camaradas e amigos se manifestaram diante da base militar e expressaram sua solidariedade com o jovem comunista. Em uma carta que foi lida durante o julgamento, Omri disse a seus juízes militares que se nega a servir no exército em protesto contra a ocupação militar do território palestino.


 


“Me nego a servir no exército, pois desta maneira protesto pela prolongada ocupação militar do povo palestino. Esta desumana ocupação persiste, semeando o ódio e o terror entre os dois povos. Me nego a servir a uma ideologia que não reconhece o direito dos povos à autodeterminação e à coexistência pacífica” , escreve na carta Evron.


 


“Não estou disposto a contribuir com a opressão sistemática da população civil, à implantação de um regime de apartheid nos territórios palestinos. Sinto profunda vergonha pela ação militar israelense nesses territórios e me causa repugnância a fome que Israel impõe a muitos e a humilhação que os soldados impõem nos postos de controle”, continua.


 


“Me nego a servir de porquinho da índia para as indústrias de armamento, para as grandes corporações, os terceirizadores exploradores de todo o tipo, que semeiam o racismo e que se servem de líderes cínicos para aumentar seus lucros, a custa do sofrimento dos povos e da negação dos direitos humanos mais básicos. Me nego a matar! Me nego a ocupar”, finaliza.


 


O Partido Comunista de Israel informa em seu site na Internet que haverá amanhã (17/10) uma nova manifestação diante da base militar de Tel-Hashomer, em solidariedade com outro jovem militar que também será julgado pelas mesmas alegações que levaram à corte Omri Evron.