Eleição no Rio Grande, uma virada é possível

A depender dos institutos de pesquisa, Lula chega à reta final da campanha abrindo uma diferença que pode chegar a 20 milhões de votos sobre Alkmin. Ecoa em todos os rincões, no campo e nas cidades, a voz de um povo que prefere marchar unido para barra

Analistas e cientistas políticos afirmam que só a ocorrência de um “fato espetacular” poderia mudar o quadro eleitoral e dar alguma chance de vitória a Alkmin. E ninguém duvidava que dos “porões” da imprensa servil e tucana pudesse “surgir” o tal “fato extraordinário”. E… Não surgiu!


 



Ao contrário, as forças populares alertas ao que poderia “surgir” nos jornalões e revistas – notadamente a revista Veja – travaram uma verdadeira batalha nas páginas eletrônicas e outros meios, denunciando a possível manobra da tal “bomba” na semana decisiva. Talvez, também por essa razão, a “bomba” tenha “chochado”.


 



E o que se viu em Veja desta semana? Apenas matéria requentada. Caluniosa, mas requentada. Desespero? Não. Diante da possibilidade da vitória acachapante de Lula, Veja – como pretensa timoneira da direita neoliberal – prepara seus canhões para o próximo confronto: um suposto “terceiro turno”. 


 



Sob o slogan lacerdista de “Lula não deve ganhar. Se ganhar, não deve assumir. E, se assumir, não deve governar” – e na voz de Alkmin: “o governo acaba antes de começar” – a revista tenta orientar seus batedores a arrastar a decisão para o “tapetão”, algum tipo de golpe. Coleciona mentiras e calúnias, mesmo que requentadas, para municiar os já redigidos pedidos de impugnação do Pleito ao TSE. A direita tem o atávico hábito de dar golpes.


 



Por essa razão, Lula convoca a militância para esses dias finais de campanha. Sabe – como o povo sabe por sua história – que as conquistas populares, por menores que sejam, sempre foram arrancadas a ferro e fogo, muitas vezes com o custo da própria vida.


 



Polarização, nitidez quanto ao projeto e onda Lula cria condições para virada no Rio Grande do Sul



A acirrada disputa entre dois projetos – desenvolvimentista versul neoliberal – cria possibilidades de vitória da Frente Popular no Estado.  Como diz Marco Aurélio Garcia, Coordenador Nacional da Frente A Força do Povo: “O mesmo dilema (nacional) entre projetos se reproduz no RS”. E acrescenta: “de um lado há o projeto representado por Olívio, que é de resolver a crise através de uma retomada do desenvolvimento econômico do Estado, que se fará em sintonia com o Governo Federal. De outro lado, vislumbro nas falas e na trajetória das forças políticas que estão com Yeda, uma proposta centrada em receitas clássicas que se revelaram falaciosas e fracassadas”.


 



A intensa movimentação das mais variadas forças políticas no Estado em apoio à candidatura Olívio e Jussara – setores do PMDB, PDT, PP, lideranças do cooperativismo, dentre outras personalidades – demonstram a percepção do dilema colocado ao Rio Grande. E, ao que tudo indica, esse agregar de forças terá maiores desdobramentos na última semana da campanha.



Para o povo gaúcho em geral, vai ficando claro que com Lula, o melhor para o Rio Grande é Olívio e Jussara.


 



Dia 29 todos à Rua!



Assim, agiganta-se a tarefa da militância da Frente Popular, em especial dos comunistas. Nossa combatividade terá peso decisivo na batalha. Primeiro, porque nossa militância age com a consciência da história e a paixão revolucionária na busca de cada voto, diferentemente das centenas de cabos eleitorais pagos pelo PSDB/PFL. 



Segundo, pois uma parcela importante do eleitorado exerce uma espécie de “voto pragmático: Se pra presidente vai dar Lula, 13, aqui, voto 13, Olívio”. Orientar o eleitor, consolidar essa tendência poderá render importantes “viradas”, no dia da eleição.



Todos à luta.


Até a vitória!
 


Colaborou
Henrique Corrêa Collares/POA