Vanessa diz que Artur é eleitoreiro

A deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB) disse em discurso que o senador Artur Virgílio (PSDB) cometeu no mínimo três deslizes ao falar sobre uma suposta minuta de Medida Provisória.

Em discurso no grande expediente nesta terça-feira (23), a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB) diz que o senador Artur Virgílio (PSDB) cometeu no mínimo três deslizes ao discursar semana passada no Senado sobre uma suposta minuta de Medida Provisória que prevê incentivos fiscais para instalação de indústrias de semicondutores no País. Segundo o tucano, a medida seria prejudicial ao pólo eletroeletrônico da Zona Franca de Manaus (ZFM).



Na avaliação de Vanessa, o senador traiu seu propósito ao anunciar que “usaria no momento toda a sobriedade e iria fugir a qualquer custo de manifestação eleitoreira”, mas logo em seguida, referindo-se as eleições, disse que lamentava profundamente o clima instalado no Estado por conta da promessa do presidente Lula de que nada atingiria a economia do Amazonas.



“Ele lamenta, eu comemoro, não apenas o clima alegre instalado no processo eleitoral, mas o clima que tem contagiado a sociedade amazonense que comemora os avanços da ZFM. De quatro anos para cá, verifica-se enorme mudança no Estado. Por oito anos, enquanto esteve no poder, o senhor Fernando Henrique Cardoso, de quem o senador foi líder e ministro, nada fez pela prorrogação do modelo e pasmem, tivemos que entrar na Justiça para que o Conselho de Administração da Suframa se reunisse”.



Segundo a parlamentar, também não é verdade que não houve cobrança por parte da base aliada do governo para que o Amazonas mantenha suas vantagens comparativas na produção de TVs de plasma e LCD. “Ele está por fora. Primeiro, porque ele não acompanhou a presença do presidente Lula, no último dia 17, em Manaus, onde ele prometeu, não para o governador reeleito, Eduardo Braga (PMDB), não para o prefeito da capital (Serafim Corrêa-PSB) e nem para a bancada de deputados federais que estava lá, ele prometeu a todos que em nada a Zona Franca seria prejudicada com o advento de medidas para incentivar indústrias de semicondutores e que o pólo de televisores continuará no Estado”.



Por último, a deputada lamenta que o senador tenha utilizado de um estudo, como muitos que existem, para afirmar que tinha em mãos um minuta de MP que estava prestes a chegar no Congresso. “Ele não tinha nenhum documento oficial, mas mesmo assim insistiu num clima de desespero eleitoral”, disse.



Prosseguiu: “A diferença do governo a que o senador serviu para este é muito grande. Enquanto eles emperraram a Zona Franca, Lula, com um ano no comando do País, ajudou-nos a aprovar no Congresso a prorrogação do modelo, e o Conselho de Administração se reúne e aprova novos projetos todo mês. Não é à toa que o Estado ostenta o maior percentual de crescimento industrial do País”.



Iram Alfaia.