No Pará, brilhou a estrela vermelha

Com cerca de 300 mil votos de diferença, a esquerda paraense derrota a direita conservadora do Pará.

A vitória da candidata da Frente Popular Muda Pará (PT, PCdoB, PSB, PTN e PRB), ao governo paraense, Ana Júlia Carepa, encerra 12 anos de governo do PSDB no Estado. A senadora Ana Júlia derrotou o candidato do PSDB, Almir Gabriel, que já governou o Pará durante dois mandatos entre os anos de 1994 e 2001 e tentava suceder o atual governador, Simão Jatene, também do PSDB e tinha apoio do PFL e do conjunto da direita conservadora.


Tal façanha é um marco na luta política paraense, pois somente depois da cabanagem as forças  populares chegam ao governo central do Estado.
Ana Júlia, é a primeira mulher eleita governadora do Pará, e tem como desafio melhorar a qualidade de vida no Estado e a construção de um projeto político que possa atender à vontade de mudança da população paraense. Como afirmou a governadora eleita ´um projeto que cuida da economia, mas cuida também das pessoas´.


O PCdoB jogou papel importante no primeiro e no segundo turno, que vai desde a construção de uma candidatura viável e com densidade eleitoral onde defendeu o nome de Ana Júlia como também na construção de uma frente ampla com participação de toda a esquerda e de setores do centro tendo a frente o PMDB.


Podemos afirmar que tal conquista representou uma vitória do pensamento político do PCdoB, bem como uma participação ativa durante toda campanha com apresentações de programas eleitorais na rádio e na tv, peças publicitárias de campanhas e deslocamento de lideranças e dirigentes partidários para campanha de Ana Júlia em especial no segundo turno.


A verdade que a vitória de Ana Júlia coloca a luta do povo paraense em um outro patamar na acumulação de forças para construção de um projeto soberano para o Estado e para o Brasil.


É preciso trilhar caminhos para o desenvolvimento do Pará com inclusão social, rompendo com um processo extrativista-excludente-exportador que as centenas de anos as elites submeteram o povo  do Pará, tendo como conseqüência a fome e miséria.


Somente com o fim da pilhagem, da exploração exacerbada dos recursos naturais   e da exploração do povo trabalhador podemos construir um Estado desenvolvido e com um futuro prospero para o conjunto dos paraenses.


De Belém
Moisés Alves