Chico Lopes reverencia a memória do ex-deputado Fausto Arruda

O deputado Chico Lopes (PCdoB) reverenciou nesta sexta-feira, dia 17, no Plenário 13 de Maio, a memória do ex-deputado Fausto Aguiar Arruda, pelos 25 anos de seu falecimento, completados na última terça-feira, dia 14 de novembro. “Fausto faleceu aos 55 anos, vítima de câncer pulmonar. Partiu muito precocemente, abreviando uma trajetória política e pessoal importante”, lamentou o deputado.

         

Fausto Arruda nasceu em 19 de dezembro de 1925, no município de Itapipoca, mas veio residir em Fortaleza ainda muito jovem, e estudou no curso noturno do Colégio Santa Maria. “Fausto não chegou a cursar a universidade, mas como autodidata realizou estudos em diversas áreas da sociologia à psicologia, da economia à agricultura, tornando-se um homem culto, sendo a política e o cooperativismo dois de seus temas preferidos”, destacou.

 

Chico Lopes lembrou que a vida política de Fausto Arruda foi marcada pelo espírito de luta por uma sociedade mais justa, honestidade e respeito à coisa pública. “Seu ingresso na política deu-se em 1966, como vereador de Fortaleza. Seis anos mais tarde, foi eleito deputado estadual pelo MDB e, nas eleições de 1978, ficou entre os suplentes assumindo o cargo em 1981”, informou o parlamentar, ressaltando que durante o mandato de Fausto, ele lutou pela reforma agrária, “melhoria de educação para todos, direito à saúde e à moradia, por uma economia mais justa e pela vida com dignidade”, apontou.

 

Lopes afirmou se sentir feliz em prestar homenagem ao ex-deputado Fausto Arruda “um cearense que merece ser mais conhecido e lembrado pelas gerações mais jovens”, finalizou.

 

 
Crítica às taxas do Sistema “S”

 

O líder do PCdoB falou ainda sobre as taxas cobradas por cursos profissionalizantes mantidos pelo chamado “Sistema S”, composto por entidades como Senac, Senai, Sesc, entre outras. “Estas entidades foram criadas pelo presidente Getúlio Vargas e tinham intuito de formar profissionais, mas se transformaram em empresas privadas, com cursos pagos   e caríssimos. É um abuso. Vou trabalhar para modificar isto na Câmara Federal”, afirmou Chico.

 

Segundo o deputado, a cobrança de taxas é apenas um dos sinais do prejuízo que a educação brasileira tem sofrido desde o início dos “governos neoliberais”. “Como um filho de um operário, de uma lavadeira, pode ingressar em uma escola técnica para pagar estes valores?”, questionou.

 

O deputado Artur Bruno (PT) considerou a crítica de Chico Lopes “procedente”. “Cabe ao Estado preparar jovens não apenas para ingressarem na universidade, mas também para o exercício profissional. Da maneira como as entidades do Sistema S vêm fazendo não dá, estes cursos se não puderem ser gratuitos, têm, pelo menos, que cobrar taxas menores. Há cursos semelhantes oferecidos pela iniciativa privada que são muito mais baratos”, argumentou o petista.

 

Bruno, cotado para assumir a Secretaria de Educação do Estado , anunciou, ainda, que a oferta de cursos profissionalizantes gratuitos estará entre as prioridades da gestão de Cid Gomes à frente do Governo do Estado. Chico Lopes lançou, então, uma “provocação” à futura gestão estadual: “será possível para um governo de esquerda construir uma política de educação fora da ótica neoliberal? Este atual Governo está praticamente fechando uma escola tradicional como a Justiniano de Serpa, é de uma incompetência jamais vista”, comentou.

 

Em aparte, José Maria Pimenta (PL) ressaltou que o problema do ensino público não é a falta de recursos, mas a gestão incorreta dos mesmos. “É necessário um choque de eficiência e de eficácia, pois educação e saúde são as duas áreas onde mais se aportam recursos”, disse ele.

 

Fonte: Coordenação de Comunicação da Assembléia Legislativa do Ceará