Governador buscar verba para a Saúde
A crise na Saúde continua sendo destaque na imprensa tocantinense. E o MD, resultado da fusão de PPS, PMN e PHS, já nasce com problemas no estado. Leia a resenha feita por Carlos Pompe.
Publicado 22/11/2006 11:02 | Editado 04/03/2020 17:23
Jornal do Tocantins
Dívidas da Saúde Os principais fornecedores de medicamentos, serviços e materiais hospitalares para o Estado querem procurar o governador Marcelo Miranda para cobrar a dívida que seria de R$ 34 milhões. A avaliação do valor da dívida teria sido do próprio secretário da Saúde, Gismar Gomes. Alguns laboratórios já suspenderam o fornecimento de remédios. Ontem, cerca de 20 fornecedores compareceram para uma nova reunião com o secretário, mas esta acabou cancelada. Marcelo Miranda (PMDB) foi recebido pelo ministro da Saúde, Agenor Álvares, na tarde de ontem, em Brasília. O objetivo do encontro foi solicitar um aumento no teto de financiamento de custeio dos hospitais e a liberação de R$ 43 milhões para os pré-projetos encaminhados ao Ministério, neste ano. Os gastos do governo do Estado com o custeio dos hospitais chegam a R$ 1,2 milhão por mês, sendo que o Ministério da Saúde repassa apenas 400 mil para o Tocantins. Hoje, ele se reúne com o Ministro das Comunicações, Hélio Costa. Dentre os pleitos na área da Saúde, estão a construção do Hospital Geral de Porto Nacional, aquisição de equipamentos e materiais para a UTI neonatal, ampliação e modernização do tratamento radioterápico no Estado e reestruturação de áreas físicas dos pronto-socorros.
Saúde da gestante Segundo a promotora de Justiça da Cidadania, Roseli Pery, o Tocantins tem um problema grave, que é a má qualidade no atendimento a mulheres gestantes, durante o parto e também no período pós-parto. Pesquisadores do Ibope começaram a visitar residências em todas as Capitais para coletar informações sobre a saúde da mulher e da criança. O objetivo do Ministério da Saúde é obter dados para formular novas políticas públicas e aprimorar as que existem.
Obras da BR-230 podem estar irregulares O Tribunal de Contas da União (TCU) fará tomada de contas especial para apurar irregularidades nas obras de construção da rodovia BR-230, trecho Aguiarnópolis-Luzinópolis. Auditoria no Departamento de Estradas e Rodagens do Tocantins (Dertins) detectou cobrança excedente de serviços em relação ao contratado para a execução do trecho de rodovia na diretriz original, cobrança indevida da construção de 15,6 mil metros de cerca de vedação e pagamento indevido de serviços relativos à construção de ponte sobre o rio Mumbuca. O TCU determinou a citação do secretário estadual de Infra-Estrutura, Brito Miranda; do diretor-geral do Dertins, Ataíde de Oliveira, e do ex-diretor de Construção e Fiscalização da empresa Egesa Engenharia S.A., Adeuvaldo Pereira Jorge, para que paguem R$ 149,9 mil (valor atualizado), ou expliquem o desvio de finalidade. Cabe recurso da decisão.
Polêmica no Plano Diretor de Palmas A primeira rodada de discussões sobre o Plano Diretor da Capital, ocorrida ontem, na Câmara Municipal, trouxe à tona uma outra polêmica: a cidade deve ser repensada para ser desenvolvida no eixo Leste-Oeste (LOs) e não Norte-Sul, como tem sido feito. Com duras críticas à administração municipal – que não compareceu ao debate -, um dos arquitetos responsáveis pelo projeto de Palmas, Luís Fernando Cruvinel Teixeira, afirmou que caso não haja uma ampla revisão do Plano Diretor, a capital tocantinense poderá estar fadada ao subdesenvolvimento. O arquiteto Walfredo Antunes, também responsável pelo projeto de Palmas, acompanhou a primeira rodada.
Médico teria sofrido represálias Em depoimento à CPI da Saúde, na Assembléia Legislativa, o médico sanitarista da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Antônio Carneiro Júnior, afirmou ter sofrido represálias da secretaria estadual da Saúde (Sesau) ao denunciar a retirada de suprimento de fundos em seu nome, em outubro de 1997, no valor de 20 mil reais, sem sua autorização e conhecimento.O médico disse que se recusou a assinar o relatório de prestação de contas dos convênios 173/97 e 174/97 que informava que as ações de controle da doença de Chagas e do Calazar estavam 100% executadas. Os dados eram, segundo ele, diferentes dos apontados pela secretaria executiva de Endemias, cujos membros afirmaram que o programa praticamente não saiu da estaca zero. O relatório da secretaria executiva, segundo Antônio Carneiro, foi entregue à Sesau na época, mas nenhuma providência foi tomada.
TJ determina cumprimento de decisão sobre Kartódromo A presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJ), desembargadora Dalva Magalhães, determinou que o Governo do Estado paralise as obras e a comercialização dos lotes das antigas quadras Arses 141, 142 e 143, em Palmas. Além disso, bloqueou as contas bancárias com os valores arrecadados na venda dos lotes. Tais resoluções fazem parte do mandado de segurança que assegura a reintegração de posse da área do Kartódromo de Palmas e de outras três quadras do Projeto Orla à aposentada Terezinha Alves Evangelista, de 75 anos.
Protesto por rede de energia elétrica Cerca de 100 moradores dos setores Santo Antônio II e Santa Rosa II fizeram uma manifestação ontem, em frente ao escritório da empresa Rede Celtins, em Colinas, pedindo a instalação da rede elétrica nesses dois bairros. A manifestação durou quase cinco horas e os moradores só saíram do local, após uma reunião com o gerente técnico da empresa, de Araguaína, Marco Aurélio Grana.
clebertoledo.com.br
Leomar evita falar sobre mudança de sigla Em rápida conversa com o site, o senador Leomar Quintanilha (PCdoB) evitou manifestar qualquer desejo de trocar de partido. Depois que os comunistas não conseguiram superar a cláusula de barreira, o parlamentar vem sendo assediado por outras agremiações políticas. O senador, sem citar as siglas, confirmou que já recebeu propostas. Entre os partidos, estaria uma volta ao PMDB e um convite do PDT. Nesta segunda-feira à noite, o senador participou de reunião no PCdoB local. Ele é atual presidente dos comunistas no Tocantins. Segundo o parlamentar, o encontro não tratou de uma possível saída sua e sim do fortalecimento do partido no Estado. A reunião também avaliou o desempenho eleitoral do PCdoB no Estado. Leomar foi candidato a governador, mas sua postulação não emplacou. Ele fez pouco mais de 1% dos votos válidos, ficando em terceiro lugar.
Divergências na MD A Mobilização Democrática (MD), no Tocantins, parece já ter as primeiras divergências. A MD é resultado da fusão entre PPS, PMN e PHS, concretizada no último final de semana. O ex-presidente metropolitano do antigo PPS, Abraão Lima, disse que o comando da MD no Tocantins será dividido de acordo com o tamanho de cada partido extinto e não em partes iguais, como havia afirmado o ex-presidente do PMN, Wilson Alves. “Essa fusão só conta com o PPS no Estado. Os outros dois são partidos de aluguel”, destacou Lima. “Claro que eles vão ser representados na direção, mas com o seu devido tamanho”, ponderou o dirigente partidário. O ex-presidente do extinto PHS, Wilson Alves, também faz parte do Diretório Nacional da Mobilização Democrática (MD).
Correio Braziliense
Senadores perto da absolvição
Processados por suposto envolvimento com a máfia das ambulâncias, Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PR-ES) devem escapar da cassação nas votações no Conselho de Ética
Leonel Rocha
Da equipe do Correio
O Conselho de Ética do Senado vai inocentar os três senadores processados por quebra de decoro parlamentar, depois de terem sido denunciados pelo envolvimento com a máfia das ambulâncias. São eles Magno Malta (PR-ES), Ney Suassuna (PMDB-PB) e Serys Slhessarenko (PT-MT). Amanhã, o plenário do conselho deve rejeitar o parecer do senador Jefferson Péres (PDT-AM), que pediu no seu relatório a cassação de Suassuna, mas foi contestado pelos colegas Wellington Salgado (PMDB-MG) e Leomar Quintanilha (PCdoB-TO).
Os dois vão apresentar pareceres alternativos com sugestão de punição mais branda para o ex-líder do PMDB no Senado, que pode ser uma advertência por escrito aplicada pelo próprio conselho. Suassuna conclui seu mandato em dezembro. Ele foi derrotado na campanha pela reeleição e deixará o Senado. Também deverá ser votado amanhã o parecer do senador Paulo Octávio (PFL-DF), relator do caso da colega Serys, que não encontrou provas de que a parlamentar se beneficiou do dinheiro repassado a seu genro por Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos do grupo Planam. Octávio deverá pedir o arquivamento do processo.
O nome da senadora surgiu nas investigações depois que a CPI dos Sanguessugas e a Polícia Federal encontraram na contabilidade da Planam comprovantes dos repasses de dinheiro dos Vedoin para o genro da parlamentar. Os empresários afirmaram na PF e na CPI dos Sanguessugas que foi propina. O genro garante que foi um negócio e que nada tinha a ver com a obrigatoriedade da senadora de apresentar emendas ao orçamento para a compra de ambulâncias. A senadora também negou envolvimento.
Carro
No caso do senador Magno Malta, que utilizou por quase dois anos um carro emprestado pela Planam, o relator do processo, senador Demóstenes Torres (PFL-GO), não comprovou que o empréstimo tenha sido em troca da apresentação de emendas para a compra de ambulâncias. O julgamento de Malta só acontecerá na próxima semana, quando Torres concluirá seu parecer.
Promotor experiente, o relator sabe que não encontrou provas para contestar a versão apresentada por Malta, de que o carro emprestado a ele pela Planam tinha sido repassado pelo colega Lino Rossi (PSDB-MS) e não pelos chefes da máfia dos sanguessugas. O conselho interrogou ontem Magno Malta, que voltou a garantir jamais ter ouvido falar da Planam ou de seus donos até a eclosão do escândalo, no ano passado. “Não tenho qualquer ligação com a máfia das ambulâncias. Também nunca liberei dinheiro para a compra de qualquer ambulância”, disse Malta.