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Comitê Central faz avaliação política do resultado eleitoral

Por José Carlos Ruy

A avaliação do quadro político nacional, a luta contra a cláusula de barreira e a avaliação da política do PCdoB são alguns pontos da pauta da 5ª Reunião Ordinária do Comitê Central, que começou hoje em São Paulo.

O centro da orientação política do PCdoB será  fortalecer os compromissos mudancistas e desenvolvimentistas assumidos pelo presidente da República e pela frente política que o apoiou durante a campanha pela reeleição. Foi com esta certeza que o presidente nacional do Partido Comunista do Brasil, Renato Rabelo, deu início à 5ª Reunião Ordinária do Comitê Central do partido, que começou hoje, 24, em São Paulo, e vai se estender até domingo, dia 26.


“Os comunistas devem lutar para que o novo programa de governo seja aplicado e também assumir novos compromissos e responsabilidades de governo perante o povo, aprimorando sua experiência administrativa alcançada nos últimos quatro anos, participando ativamente desta nova fase que se abre com o segundo governo Lula”, disse o dirigente comunista.




A intervenção de Renato constituiu o primeiro ponto de pauta da reunião, sob o título “Avaliação do quadro político resultante das eleições e nossas tarefas políticas imediatas, com destaque para a luta contra a cláusula de barreira”, e orientou o debate entre os dirigentes nacionais do PCdoB.




Nela, Renato reafirmou a avaliação que já havia apresentado, no dia 10 de novembro, à reunião da Comissão Política Nacional do partido, chamando a atenção para a necessidade dos comunistas ocuparem espaço político maior e maiores responsabilidades de governo. Ele insistiu na urgência da luta contra a cláusula de barreira que ameaça excluir o partido da vida parlamentar normal, com grave prejuízo para sua atuação institucional e para sua representação, pois aquela lei draconiana significa a cassação da representação dada aos seus parlamentares, além de diminuir a expressão política dos eleitores que votaram na legenda comunista.




É o reinício da luta pela legalidade plena do Partido, e tem uma importância e urgência que precisam ser compreendidas por todos os comunistas, disse Renato.


 



Outros pontos ressaltados por ele foram o novo governo e suas perspectivas, e o cenário internacional, que o favorece. Renato terminou sua intervenção enfatizando que o PCdoB não vai desaparecer, não vai fundir-se com outras agremiações, mas vai lutar pelo pleno reconhecimento de sua atividade, porque os comunistas não aceitam que um decreto, como a lei 9096/95 que criou a cláusula de barreira, possa apagar a realidade pluripartidária que existe em nosso país.




A reunião do Comitê Central continua neste final de semana, debatendo os seguintes pontos de pauta: Avaliação política dos resultados do PCdoB e as questões de Partido (que será apresentada por Walter Sorrentino, secretário Nacional de Organização do PCdoB), e debater a Conferência Nacional Sobre a Mulher (marcada para o inicio de 2007), as Diretrizes sobre os 30 anos da “Chacina da Lapa” (que transcorrerá no próximo dia 16 de dezembro) e o parecer da Comissão de Controle sobre as contas partidárias.




Além dos membros do Comitê Central, foram convidados para participar da reunião a deputada federal comunista (BA) Alice Portugal (BA), os deputados federais comunistas eleitos Evandro Milhomem (AP) Flávio Dino (MA) e os presidentes estaduais do PCdoB do Distrito Federal, Apolinário Rebelo, e do Maranhão, Gerson (Pinheiro). O senador comunista Leomar Quintanilha (PCdoB/TO) não pode comparecer devido a compromissos no estado do Amazonas, marcados anteriormente.