Gustavo Petta analisa Conjuve e Secretaria Nacional da Juventude

Por Renata Mielli


Presidente de uma das maiores e mais tradicionais entidades de juventude do país, a União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, estudante de jornalismo da PUC-Campinas, é um dos membros do Conselho Nacional de Juventud

Para Gustavo, o encontro “é importante para avaliar o que foi feito até agora, mas o principal é discutir perspectiva, o futuro. Houve muita coisa positiva, como a criação da Secretaria (Nacional de Juventude) e do conselho, o que permitiu institucionalizar no país uma política nacional de juventude, mas está muito aquém das possibilidades e das necessidades do país. O segundo mandato do governo Lula vai ter que ser muito mais ousado, ter políticas muito mais diversas que estimulem a juventude que não tem acesso aos bens estruturais e educacionais, tudo isso vinculado a um projeto nacional”.


 


Destacando o caráter transversal das políticas públicas para a juventude, Gustavo defende que haja um vetor estruturante dessas políticas, um eixo que as unifiquem. “Tivemos iniciativas no campo educacional importantes como o Fundeb, a expansão das universidades públicas o Prouni. Agora, é preciso unir alguns aspectos dos diversos programas. Por exemplo, por que os programas que existem no governo não têm como condição estar dentro da sala de aula, da escola? Se houvesse esse vetor transversal que unisse todos os programas, seria algo positivo. Pensar essas questões é um dos papéis da secretaria”.


 


Outra função da secretaria é tratar de temas importantes para a juventude, desenvolver programas, estimular e dialogar com outros setores. Ela tem que ter um papel mais protagonista. Sua criação foi importante, mas precisa se consolidar. “Eu acho que o trabalho da Secretaria Nacional da Juventude ainda não está consolidado, ainda não está no mesmo nível, por exemplo, da Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Igualdade Racial e da Secretaria Especial de Políticas para a Mulher”.


 


Entre os caminhos a serem trilhados para se consolidar, o presidente da UNE aponta a realização de uma Conferência Nacional de Juventude e que a Secretaria seja protagonista de todos os debates de projetos envolvendo a questão da juventude no Congresso Nacional, fazendo a luta política para que os direitos da juventude sejam respeitados.