Aumento de 20% no mínimo é positivo para economia  

As centrais sindicais CUT, CGTB, CAT, Força, SDS, Nova Central e CGT realizaram na manhã desta quarta-feira (29), na sede da CUT-RS, o lançamento da III Marcha Nacional do Salário Mínimo, programada para o dia seis de dezembro em Brasília. As principai

A proposta dos sindicalistas incluem a criação de um fundo para garantir o aporte de recursos necessários a implementação de políticas públicas de reajuste do mínimo, com taxação de 1% a 1,5% sobre patrimônio acima de 8 mil salários mínimos. Em relação à matemática dos técnicos do governo de que um possível aumento, de 20% proposto pelas centrais, inviabilizaria a previdência, não leva em conta o incremento de renda, segundo o Dieese, de 39 bilhões despejados mensalmente na economia.


 


Segundo estudos da entidade, R$ 9,6 bilhões voltariam aos cofres públicos todo mês. Para Celso Woyciechowski, presidente estadual da CUT, a médio prazo, a decisão política nesta direção resultaria em crescimento com distribuição de renda. “Nossa proposta leva em conta que o salário mínimo é um dos instrumentos de políticas públicas mais eficientes de distribuição de renda. Portanto, deve ser uma política de estado, para além dos governos, que se sucedem, enquanto o trabalhador segue sua vida”, avalia o dirigente.


 


No dia quatro de dezembro será realizado um ato público no largo Zumbi dos Palmares (antigo largo da Epatur), na saída dos 11 ônibus da CUT-RS. A expectativa é reunir 50 mil pessoas no evento em Brasília. Está programada para o final da Marcha uma atividade no Congresso Nacional, para debater o tema, e a entrega da pauta de reivindicações ao governo federal. Entre elas as diretrizes de uma proposta de correção da tabela do Imposto de Renda com ampliação das alíquotas de três para cinco.


 


Atualmente há uma faixa de isentos – os trabalhadores com renda líquida até R$ 1.257,12 – e outras duas, com alíquotas de 15% (entre R$ 1.257,13 a R$ 2.512,08) e 27,5% (acima de R$ 2.512,08). Com o reajuste de 7,7%, os valores sobre os quais incidiriam as diferentes alíquotas seriam respectivamente de R$ 1.354,80 e R$ 2.707,27, desonerando um importante contingente de trabalhadores. Posteriormente, a proposta propõe a adoção de alíquotas variáveis para os vencimentos acima de R$ 1.354,80: de 10%, até R$ 2.258,00; 20%, até R$ 4.516,00; 25%, até R$ 6.774,00 e de 27,5% acima deste valor.


 


CUT RS