Empresas públicas de comunicação debatem integração do Mercosul
A integração dos países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) não deve ocorrer apenas no âmbito governamental. Para que o intercâmbio ocorra de fato, ele deve envolver a população dos países do bloco. E, nesse processo, as empresas públicas de comunicação po
Publicado 05/01/2007 11:46
Isso é o que defendem representantes de emissoras públicas de comunicação que se reúnem de 10 a 12 de janeiro em Buenos Aires, capital da Argentina, para discutir ações que fortaleçam a integração no Mercosul.
“A gente quer promover o auto-conhecimento, a troca de experiências de quem trabalha em emissoras de rádio, de televisão, e agências de notícias”, afirmou o coordenador do Brasil na Reunião Especializada de Comunicação Social do Mercosul, Jorge Duarte.
Ele diz que o encontro não vai discutir políticas, filosofias e teorias. ”Não vai haver nenhum tipo de interferência em políticas editoriais de veículos. A idéia é debater como operamos a comunicação pública para que a gente fortaleça cada veículo”.
Mapeamento
De acordo com o coordenador-geral substituto da TV Brasil, Adriano de Angelis, a idéia é sair do seminário com resultados práticos. “Um dos objetivos do seminário é trabalhar ações concentradas para os próximos seis meses na área de televisão, rádio e agência de notícias, a partir de um mapeamento das estruturas existentes”, destacou.
No seminário será debatido, por exemplo, como uma emissora pública de televisão da Argentina pode transmitir em seu país programas que mostrem a cultura brasileira. Ou como uma emissora de rádio uruguaia pode veicular programação argentina.
“A comunicação pode proporcionar conhecimento sobre a realidade dos países, que tanto se busca. A gente quer abrir uma janela, um espaço, para mostrar o que acontece nesses países”, disse Angelis.
O encontro deve reunir cerca de 100 profissionais que atuam na gestão de emissoras de televisão, rádio e agências de notícias públicas dos países do Mercosul, além de representantes da sociedade civil. O resultado do seminário, que será apresentado aos chefes de Estado, será consolidado na Carta de Buenos Aires.